
O presidente da República está hospitalizado no São João, onde esta noite é operado a uma hérnia
Foto: André Kosters/Lusa
O presidente da República, que soma um histórico clínico de intervenções a hérnias, está, esta segunda-feira à noite, a ser operado a uma hérnia encarcerada. O encarceramento ocorre quando o órgão extravasado fica preso no orifício sem que o seu reposicionamento seja possível.
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As hérnias na parede abdominal são comuns e consistem na saída de parte de uma víscera, geralmente o intestino, através de uma abertura ou de um ponto fraco da parede muscular. Costumam manifestar-se através de uma protuberância ou inchaço, que podem causar desconforto ao paciente mas são indolores.
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As hérnias podem tornar-se perigosas se encarceradas ou estranguladas, isto é, se o tecido herniado não volta, mesmo quando empurrado, para dentro da parede abdominal. Mas o encarceramento e o estrangulamento são estádios diferentes das hérnias, que se distinguem pelo fluxo sanguíneo e em que o segundo é o mais perigoso.
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Na hérnia encarcerada, ainda há fluxo sanguíneo de e para a parte do intestino que está do lado de fora da parede abdominal. Se o quadro se agrava, a hérnia encarcerada passa a estrangulada, situação em que ocorre uma interrupção total do fluxo sanguíneo, podendo causar a morte, ou necrose, do tecido.
As hérnias não são curáveis senão através de cirurgia.

