Revista de imprensa: Aumento automático das pensões supera inflação, mas fica abaixo dos anos anteriores

Foto: Pedro Correia
Os dados já disponíveis do PIB e da inflação apontam para que, com grande probabilidade, a atualização prevista na lei para as pensões mais baixas em 2026 fique próxima de 2,8%, realça, esta quinta-feira, o "Público".
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Os beneficiários de pensões com valores até 1045 euros - e que constituem a maioria dos pensionistas em Portugal - deverão, com a ajuda da revisão em alta da estimativa do PIB feita pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e graças ao crescimento trimestral de 0,8% conhecido na passada quinta-feira, voltar a beneficiar em 2026 de um reforço do poder de compra, com a atualização automática das pensões a ficar acima da inflação anual registada atualmente e prevista para 2026, num valor na ordem dos 2,8%. Ainda assim, se não houver aumentos extraordinários, esta subida do valor das pensões será mais baixa do que as dos últimos três anos.
Diploma sobre médicos tarefeiros estava previsto ir, de novo, a Conselho de Ministros, mas afinal não foi
O diploma que regula a atividade dos médicos tarefeiros deveria ter sido finalizado em setembro e ido ontem a Conselho de Ministros. No entanto, segundo fontes do setor, a suposta versão final do documento "foi suspensa", mesmo após ter sido aprovada, sob reserva, uma primeira versão no Conselho de Ministros de 22 de outubro, escreve o "Diário de Notícias". Esta suspensão terá acontecido para "evitar mais uma crise na saúde". Por seu lado, o gabinete do primeiro-ministro diz que "o diploma nunca esteve na agenda oficial" da reunião desta quarta-feira.
Gouveia e Melo fala em "demasiados príncipes e principados" no SNS
Henrique Gouveia e Melo, candidato às presidenciais do próximo ano, defende a necessidade de "promover uma reforma profunda na saúde". "Nos últimos dez anos duplicámos o investimento nessa área e não duplicámos a qualidade dos serviços de saúde, nem de perto nem de longe", afirma, em entrevista ao "Diário de Notícias" a propósito do livro "Gouveia e Melo - As razões". Quando entrou no SNS para coordenar a campanha de vacinação contra a Covid-19, encontrou "uma coisa super horizontalizada, sem estrutura verdadeiramente coordenadora". "Havia demasiados príncipes e principados, e nem os sistemas informáticos falavam entre si (...). Aquilo era um pandemónio", critica, apontando tratar-se de uma "presa fácil para interesses instalados".
Governo quer gastar mais de metade dos cheques para elétricos em dois meses
Tão depressa quanto foram lançados, os apoios do Governo para a mobilidade elétrica esgotaram. Houve uma corrida aos "cheques", mas muitos destes acabaram por não ser utilizados ou as candidaturas foram excluídas. O Executivo admitiu, a meio do ano, reabrir as inscrições para executar as verbas deste programa, mas ainda não o fez, anota o "Negócios". A menos de dois meses do fim do ano, estão por executar quase 60% dos 13,1 milhões de euros que foram disponibilizados. Há, por isso, ainda 7,8 milhões de euros disponíveis, mas falta que seja aberto o novo concurso que, diz o Governo, deverá arrancar "durante o mês de novembro".
PRR encolhe €311 milhões e muda de perfil na reta final
O PRR com que Portugal respondeu à pandemia em 2021 já pouco se parece com o documento agora revisto e fechado pelo Governo. Depois de três reprogramações - a primeira com António Costa e as duas seguintes com Luís Montenegro -, o plano passou de €16,6 mil milhões para €21,9 mil milhões, mas também mudou de perfil: menos centrado em grandes obras públicas e mais orientado para a inovação empresarial. O Hospital de Lisboa Oriental e a expansão do Metro de Lisboa saíram do PRR, depois de o Governo rever as metas para concentra recursos na inovação para cumprir até 2026, escreve o "Expresso".
Supremo gasta entre 750 a mil euros por dia para julgar desembargadores em sala com "dignidade"
O Supremo Tribunal de Justiça gasta entre 750 a mil euros por dia para julgar desembargadores do julgamento da "Operação Lex" em sala com "dignidade", revela em entrevista ao "Hora da Verdade", da "Rádio Renascença" e do "Público", o presidente do STJ, conselheiro João Cura Mariano. O julgamento senta no banco dos réus três juízes desembargadores por suspeitas de manipulação de sorteio de processos e corrupção, está a exigir "os maiores sacrifícios financeiros". São gastos entre 750 a 1000 euros por dia para julgar os desembargadores no Campo de Santa Clara, um antigo tribunal superior, "cujas instalações têm dignidade equivalente à do Supremo", disse o juiz conselheiro João Cura Mariano. Além disso, foi alugado ao Exército o antigo Tribunal Superior Militar, por cerca de 150 euros por sessão, tendo sido também pago o alojamento a um dos juízes, que vem do Porto, além das despesas de adaptação do espaço, que, segundo Cura Mariano, custaram cerca de 10 mil euros.

