Jerónimo de Sousa respondeu às acusações de Rui Rio, feitas esta manhã, e garante que o PCP está "de consciência tranquila". O secretário-geral do partido admite uma nova comissão de inquérito ao caso de Tancos "se houver consenso para isso".
Os recentes desenvolvimentos do caso de Tancos - a acusação, por parte do Ministério Público de Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa - estão a fazer correr muita tinta, com os vários dirigentes partidários a trocar ataques.
Se esta manhã Rui Rio acusava Jerónimo de Sousa de estar de "consciência pesada", o líder comunista responde: "O PCP, como é óbvio, tem a consciência tranquila, procurou dar uma contribuição decisiva, particularmente incitando a investigação que era necessária e que não foi acompanhada, incluindo por Rui Rio, e isso é que é um facto relevante. Eu percebo o desespero de Rui Rio, não tem assunto", argumentou, durante uma ação de campanha no Algarve.
Também de manhã, em entrevista à TSF, Jerónimo de Sousa acusou Rio de "aproveitamento político". À tarde, questionado pela comunicação social, reafirmou a questão. "É relevante a tentativa de aproveitamento de Rui Rio que à falta de assunto, à falta de perspetivas e de alternativa, encontrou aqui a boia de salvação".
O secretário-geral do PCP admitiu, também, viabilizar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito ao furto em Tancos. "Se houver consenso para isso, damos toda a nossa disponibilidade para haver a reunião da Comissão Permanente e consequentemente a Comissão de Inquérito", afirmou.