Liga corre para recuperar tempo perdido. Norte esteve meio ano sem exames. No primeiro semestre, foram observadas 91 mil mulheres e encaminhadas para o hospital 821. Detetados tumores maiores.
As 19 unidades de rastreio do cancro da mama da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte (LPCC-NRN) estão a realizar cerca de 900 exames por dia - valor muito próximo dos mil que eram feitos antes da pandemia -, tendo sido observadas neste primeiro semestre do ano cerca de 91 mil mulheres. Destas, 820 foram encaminhadas para o hospital para exames complementares.
Por conta dos seis meses em que o serviço esteve suspenso - primeiro, por causa da pandemia e, depois, pelos constantes adiamentos por parte da Administração Regional de Saúde do Norte para renovar o protocolo de colaboração com a LPCC-NRN -, "foram detetados tumores maiores, que obrigaram a tratamentos mais agressivos", como admitiu Leopoldina Amaral, coordenadora do departamento de rastreio do cancro da mama. Isto porque durante o período em que não se realizaram mamografias milhares de mulheres não foram rastreadas e, com isso, centenas de casos suspeitos ficaram por diagnosticar.