O primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, afirmou este sábado que "não existe" qualquer tabu em torno da sua sucessão na liderança do partido. "Acabo de ser reeleito e vou cumprir o mandato", afirmou.
À chegada ao recinto onde decorre o congresso socialista, em Portimão, Costa desvalorizou os debates que começam a surgir em torno da sua sucessão. "Os portugueses não estão preocupados com o meu futuro, estão preocupados com o futuro de Portugal", referiu.
O líder do PS considerou "natural" que os quatro "pré-candidatos" - Pedro Nuno Santos, Ana Catarina Mendes, Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva - integrem a Mesa do congresso, já que todos eles têm sido "rostos" proeminentes do partido.
Confrontado com o facto de Pedro Nuno Santos ter sido o único, de entre o quarteto, que ainda não tinha chegado ao recinto, o líder do PS limitou-se a dizer que essas são "questiúnculas" que "não interessam nada a ninguém".
Costa considerou também que o partido está unido desde que ele próprio chegou a secretário-geral, lembrando que José Luís Carneiro, atual secretário-geral adjunto, apoiou António José Seguro, em 2014.
"Sempre que é a hora de haver debates entre nós, fazemo-lo com toda a frontalidade", referiu. Depois, há "capacidade" de "superar" as divisões.
No que diz respeito à política nacional, Costa referiu que procura "sempre trabalhar com todos" os partidos à Esquerda, incluindo o BE.