Profissionais de mediação imobiliária de Portugal inteiro uniram esforços para criar uma base de dados nacional, com alojamentos gratuitos e arredamentos de baixo custo, para acolher famílias ucranianas fugidas da guerra. Em poucas horas, o grupo já garantiu mais de 300 camas e as ofertas não param de chegar por parte de autarquias, unidades hoteleiras, empresas, instituições e investidores privados.
"Nós sabemos quem tem casas, onde estão e de quem são os prédios. Cada um de nós tem uma base de contactos muito grande. Estamos a trabalhar com todos - empresas, instituições e particulares - de modo a conseguir alojamento para as famílias ucranianas que vão chegar a Portugal", explica ao JN Joanna Koltan, consultora imobiliária na zona do Grande Porto.
Através de um grupo criado no Facebook esta sexta-feira, os profissionais do ramo começaram a trocar contactos e, em menos de 24 horas, asseguraram o apoio de várias autarquias, como Cartaxo, Fundão e Abrantes, de empresas de alojamento local do Porto, de uma unidade hoteleira da Póvoa de Varzim e de muitos particulares, que disponibilizaram quartos ou apartamentos inteiros para acolherem os refugiados. Da Madeira e do Alentejo surgiram também ofertas de emprego.