Um dia depois de, em Beja, ter evitado responder às perguntas sobre as demissões dos chefes das urgências do hospital local, o líder do PS foi visitar a obra do futuro Hospital Central de Évora. Mas do edifício, para já, nem sinais: apenas um enorme estaleiro de terra batida, que António Costa percorreu de capacete na cabeça e colete refletor.
O secretário-geral socialista foi recebido no local pela atual presidente da ARS Alentejo, Maria Filomena Mendes. Contudo, devido à fase preliminar da obra, não era fácil visualizar o que ali nascerá em breve. Apontando para um painel com imagens do projeto, Costa arriscou as coordenadas: "Devemos estar mais ou menos aqui...".
O facto de a obra estar por fim a avançar - depois de ter sido suspensa em 2011, durante o Governo de Passos Coelho - deu azo à satisfação de Costa: "Finalmente quebrou-se o enguiço", atirou, após ter ouvido umas curtas palavras elogiosas de Capoulas Santos, antigo ministro socialista.
Feita a demarcação face ao PSD, Costa referiu que o hospital de Évora deverá estar pronto, o mais tardar, no início de 2024. "Hoje já há luz ao fundo do túnel", frisou. E, talvez inspirado pelo facto de estar numa autarquia governada pela CDU, aludiu a uma passagem do hino dos comunistas: "Diria mesmo que a luz brilha para todos nós".
O dia de campanha do PS começou algumas horas antes, com uma arruada no centro de Évora. António Costa ouviu conselhos e queixas de vários populares, entre eles um homem que disse não ter casa mesmo já tendo exposto a situação à Segurança Social, e que reivindicou um reforço do Rendimento Social de Inserção.