O cardeal-patriarca de Lisboa voltou a apelar, ontem de manhã, à rejeição do aborto e da eutanásia durante a homília da celebração do Corpo de Deus, uma semana depois da aprovação, na generalidade, da legalização da morte medicamente assistida pela Assembleia da República. D. Manuel Clemente pediu "respeito legal e apoio ao concreto à vida mais frágil".
O patriarca entende que "ninguém desistirá de viver se nós todos, pessoal e comunitariamente, não desistirmos de quem sofre" e, nesse sentido, os católicos devem juntar, "de novo", a sua voz às das "tantas pessoas e instituições da sociedade civil e diversos credos", que pedem salvaguarda legal da vida.
Inviolável"
"Juntando de novo a nossa voz à de tantas pessoas e instituições da sociedade civil e diversos credos, que requerem respeito legal e apoio ao concreto à vida mais frágil, só podemos e devemos rejeitar o aborto e a eutanásia e tudo quanto a tal possa levar por falta de resposta solidária e pública a quem precisar de apoio e companhia", sublinhou D. Manuel Clemente, que presidiu à celebração do Corpo de Deus, na Sé de Lisboa.
Para o cardeal-patriarca, a vida é sempre "inviolável", mesmo quando necessita de cuidados.