Os diretores escolares já começaram a convocar os professores, os técnicos superiores e os funcionários que, a partir desta quarta-feira, são chamados a cumprir os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral para a greve convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.). Os dirigentes estão a basear-se nas indicações vertidas na decisão do Tribunal Arbitral. Recorde-se que as escolas vão ter de garantir o serviço de portaria, as refeições, a vigilância nos recreios e assegurar ainda os apoios a alunos com necessidades especiais e menores em risco.
"Com base nas indicações que nos deram, os diretores estão a preparar os serviços mínimos tendo em conta o contexto onde se situam, o número de alunos e o tipo de escola. Hoje, falei com vários diretores que já convocaram os professores e os funcionários que tinham de convocar. Esse trabalho está feito. Mas tudo isto é novidade para nós", garantiu Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
Também o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) diz que os diretores se estão a basear nas indicações dadas pelo Tribunal Arbitral. "Nós somos absolutamente contra esta imposição de serviços mínimos, até porque cabe aos diretores das escolas pôr em prática e fazer cumprir esses serviços mínimos. A escola tem de usar o bom senso e definir em todas as escolas um calendário das pessoas que estão indicadas para serviços mínimos nos dias em que há greves indicadas pelo S.TO.P.", referiu Manuel António Pereira.