"Parece que estamos esquecidos. Sobrevivemos de uma forma muito complicada", desabafou, nesta tarde de seguda-feira, ao JN, Marco Ferreira, dono de um grupo de restaurantes e que participava numa manifestação, no Porto, na qual era pedida a abolição das limitações no setor devido à pandemia da covid-19. "Já perdemos muito dinheiro com medidas irresponsáveis", afirmou.
Os profissionais da restauração sentem-se esquecidos e desvalorizados pelo Governo, contestam os testes e certificados à covid-19 porque não são "profissionais de saúde para os realizarem". Sónia Dias é funcionária de um restaurante em Gaia e considera que "não há privacidade para se fazer um autoteste à porta de um estabelecimento". Outro problema é a limitação de horários de funcionamento. Sónia Dias diz que "há restaurantes que precisam de mais um turno de sala" para pagar despesas.
Na Avenida dos Aliados ouviu-se também Daniel Serra, presidente da PRO.VAR: "Não vamos desistir e vamos aproveitar a campanha eleitoral para estar junto deles (políticos) e dizer que precisamos deles". O presidente da associação afirma que o Governo precisa de "criar apoios", como uma "segunda versão do Apoiar.pt, para pagar as rendas", e pede "apoio a fundo perdido dos créditos concedidos que serviram para manter as empresas".
João Sousa é dono de um restaurante em Felgueiras e afirma que sente "um forte receio da população em sair de casa, o que vai retrair a economia". Com a obrigatoriedade dos testes negativos e certificados digitais, afirma que sofreu uma quebra de 60%