Li no blogue "Antena Cristã" uma notícia que foi publicada no jornal brasileiro "O Globo" acerca da Holanda: "igrejas do país estão cada vez mais vazias e não raro acabam ganhando outro fim: viram café, livraria, salão de cabeleireiro, pista de dança, restaurante, casa de shows..."
Acrescentava-se mais alguns dados: "Segundo a pesquisa mais recente (de 2007), 44% dos holandeses se declaram ateus, 28% católicos, 19% protestantes, 5% muçulmanos e os outros 4% de outras religiões".
Vinham ali citados alguns exemplos: o Café Olivier, em Utrecht, a livraria Selexyz, em Maastricht (apontada pelo jornal inglês "The Guardian" como a livraria mais bonita do Mundo), a pista de dança do Hotel Arena, em Amesterdão, e a mais famosa casa de shows da capital holandesa, o Paradiso, "templo do pop", numa igreja do século XIX.
Há igrejas ou recheios artísticos de templos cristãos, católicos e protestantes que têm sido vendidos ou estão à venda nalguns países europeus de matriz cristã. Em Portugal, para lá do disparate, antigo ou moderno, de delapidação de património histórico e artístico, seja por venda ou por fingidos restauros mal feitos, ainda não se vendem igrejas ou capelas.
Só acontece que, entre nós, por défice de voluntariado e escassa ou nula profissionalização de colaboradores, acrescidas da notória escassez de padres, muitas igrejas estão quase sempre fechadas, quer para quem queira rezar quer para fruir a beleza, ícone do divino. Para quem como eu tem o "vício" cultural de visitar igrejas, fica frustrado com tantas portas fechadas e, quando abertas, com tanto desmazelo em espaços sagrados.