
Pedro Granadeiro/Global Imagens
Gaia trata a síndrome de transfusão feto-fetal há um ano, mas ainda há grávidas enviadas no SNS para o estrangeiro.
Gabriela, ainda estremunhada do sono da viagem entre Braga e Gaia, fita o homem de bata branca que a segura no colo. A estranheza desembaraça-se num arrepio e a menina, olhos azuis risonhos, aninha-se na barba do obstetra, que a conheceu antes do nascimento. A ela e à irmã gémea de dez meses. "Ela é muito mimalha", testemunha a mãe, Raquel Fernandes. "É como eu", compara o obstetra Francisco Valente, um dos quatro médicos da equipa de cirurgia fetal intrauterina do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho que cumprem, há mais de um ano, a missão de salvar a vida de gémeos dentro do útero.
