As greves de trabalhadores da Administração Pública já duplicaram em 2018 face ao ano em que António Costa assumiu o cargo de primeiro-ministro: registaram-se 87 protestos em 2015 e este ano, até final de outubro, os pré-avisos chegaram a 173. No setor privado, as paralisações têm-se mantido a níveis equivalentes nos últimos anos, mas podem subir em 2019.
"Os grupos profissionais mais organizados sentiram-se capazes de, perante um Governo mais acessível para atender às reivindicações, exigir a recuperação de condições económicas e de outras que surgem das expectativas elevadas", analisa Manuel Carlos Silva, sociólogo e investigador na área do trabalho. As greves são, afinal, sinal de "um Governo mais aberto do que o anterior", uma vez que, nos anos da crise, "houve duas ou três iniciativas com grande adesão e, depois, o medo de ser mal visto ou despedido por fazer greve calou os protestos".
Economia dá o mote