Um quarto da bancada do PSD não está presente no Parlamento, esta quarta-feira, na cerimónia do 44º. aniversário do 25 de abril. Muitas são as clareiras nas últimas filas dos social-democratas.
Muitos deputados do PSD deixaram vagos os seus lugares no Parlamento, esta quarta-feira. É a primeira vez que tal acontece numa cerimónia do Dia da Liberdade, pelo menos com tal dimensão, com a presença das mais altas autoridades do Estado e representantes diplomáticos.
A imagem contrasta com a presença do líder do partido, que está sentado na primeira fila dos convidados, em frente à bancada do Governo. Aliás, Rui Rio está quase cara a cara com António Costa.
Já o ex-líder do PSD, Pedro Passos Coelho, não está presente. Apesar de ter renunciado ao mandato de deputado, não está entre os convidados.
O ex-ministro da Defesa Pedro Aguiar Branco chegou quando já tinham discursado PAN, PEV, PCP, CDS e a representante do BE, Isabel Pires, terminava a sua intervenção.
Uma das ausências mais notadas é a do ex-líder parlamentar Hugo Soares.
Ao JN, um deputado social-democrata alegou que as ausências se devem ao facto de muitos colegas da bancada serem presidentes de Assembleias Municipais, afastando a hipótese que tal cenário invulgar esteja associado a divergências internas com o líder parlamentar Fernando Negrão.
Só na última fila, onde estão sentados deputados como Paula Teixeira da Cruz, Teresa Leal Coelho, Duarte Marques ou Paulo Rios de Oliveira, a proporção de ausentes é quase quatro vezes mais do que os presentes.
A direção da bancada laranja volta, esta quarta-feira, a apostar numa mulher como porta-voz nesta cerimónia. A escolha recaiu em Margarida Balseiro Lopes, a recente eleita líder da JSD. Neste mandato, os discursos já couberam a Paula Teixeira da Cruz, ex-ministra da Justiça, em 2016, e a Teresa Leal Coelho, em 2017.