Portugal somou mais de 35 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas, período durante o qual morreram 20 doentes. O valor da mortalidade de hoje é seis vezes inferior ao de há um ano, quando havia muito menos casos. O número de internados em enfermaria continua a aumentar.
O boletim da Direção-Geral da Saúde reporta este sábado mais 35 643 infetados face a sexta-feira, o que eleva para 1 613 427 o número total de casos confirmados desde março de 2020. Por outro lado, em relação a ontem, recuperaram da doença mais de 31 mil pessoas, havendo, ao todo, mais de 258 mil doentes com o vírus ativo (mais cerca de quatro mil do que ontem).
A maioria dos casos continua a estar concentrada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que hoje soma mais 15 142 infeções. No continente, segue-se o Norte, com 12 481, o Centro, com 3819, o Algarve com 1118 e o Alentejo, com 1085. Na Madeira, há mais 1708 contágios e nos Açores 290.
Cinco dias depois de Portugal ter atingido a marca das 19 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, foram hoje contabilizados mais 20 óbitos: 13 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Norte e dois no Algarve. Se compararmos com os dados relativos ao dia 8 de janeiro de 2021, há exatamente um ano, quando havia muito menos novos infetados do que hoje (10 176), constatamos que o número de vítimas mortais (118) era muito superior, quase seis vezes maior do que as reportadas hoje - o que pode ser explicado, maioritariamente, pela adesão massiva à vacinação.
Quanto ao número de internamentos, que tem registado um aumento de forma consecutiva desde 1 de janeiro, há hoje 35 novos pacientes internados (1388, ao todo), com as unidades de cuidados intensivos a albergarem 153 pacientes, menos oito do que ontem.
Na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) alertaram, no habitual relatório das "linhas vermelhas" da pandemia no país", que "a pressão nos serviços de saúde" e "o impacto na mortalidade" provocados pela variante ómicron, "são elevados, com tendência crescente nas hospitalizações".
"Dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a menor gravidade da variante ómicron, é provável um aumento de pressão sobre todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço", referem.