O presidente da República anunciou, esta quinta-feira, que haverá reuniões entre Governo, Igreja Católica, autarquias e técnicos, nas quais o custo do altar a utilizar durante a Jornada Mundial da Juventude poderá ser repensado. Marcelo Rebelo de Sousa também saudou o bispo Américo Aguiar por ter desmentido que Belém tivesse tido conhecimento prévio do custo da referida estrutura: "Está esclarecido", frisou.
Sem nunca garantir que o preço do altar será revisto, o chefe de Estado frisou que "estão em curso uma série de diligências" nas "próximas semanas", durante as quais determinadas decisões relacionadas com as Jornadas poderão vir a ser retificadas. Prevê-se que o altar custe 4,2 milhões de euros, aos quais acrescem o IVA e mais 1,06 milhões relacionados com a cobertura.
Marcelo revelou que, embora não vá participar nessas reuniões, por não ter "responsabilidade" na organização da Jornada, será "mantido ao corrente" do que lá se for decidindo. Questionado diretamente sobre se o preço do altar poderá ser revisto, respondeu apenas: "Vamos esperar".
O presidente também saudou o facto de, momentos antes, o bispo auxiliar de Lisboa ter negado que Belém estivesse ao corrente do preço do altar. "A igreja desmentiu e bem", frisou, referindo-se à conferência de imprensa que Américo Aguiar dava naquela altura.
Marcelo também referiu ter lido com "estupefação" a nota que o Patriarcado terá emitido horas antes. Segundo a SIC, esta referia que o presidente estava ao corrente do valor.