Lei do OE 2022 prevê contratação de clínicos indiferenciados para suprir falta de médicos de família. Ordem contra "cuidados de primeira e de segunda categoria" convoca reunião.
Os centros de saúde com pior cobertura de médicos de família estão autorizados a contratar clínicos indiferenciados, ou seja sem especialidade em Medicina Geral e Familiar, para assumirem listas de 1900 utentes que não têm equipa de saúde familiar. É uma medida excecional, que entrou em vigor anteontem com a nova Lei do Orçamento do Estado (OE) 2022, e que apanhou de surpresa a Ordem e os sindicatos médicos.
"Incrédulo" com o que considera ser "o mais severo ataque à carreira médica" e à especialidade, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) pediu ao bastonário a convocação urgente de um fórum médico de Medicina Geral e Familiar. O encontro, que vai juntar a Ordem dos Médicos, o SIM, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar está marcado para a próxima segunda-feira, às 15 horas.