Movimento com personalidades de vários partidos fez 24 propostas e teve o apoio de Belém. Aponta falta de vontade política para "quebrar ciclo vicioso".
Quatro anos depois de o Movimento pelo Interior ter apresentado, com o apoio da Presidência da República, 24 medidas, para concretizar ao longo de 12 anos, com vista à dinamização do interior, "pouco ou nada foi feito". "É de uma injustiça flagrante. Falta coragem política", considera o promotor do movimento, o eurodeputado Álvaro Amaro. "Sinceramente, não fomos ouvidos", acrescenta o ex-ministro Silva Peneda, que participou na iniciativa.
Foram seis meses de trabalho com várias conferências que percorreram o país, até se chegar às 24 propostas em três pilares (ler ficha ao lado) para dar uma "sapatada" na erosão em curso do interior do país: política fiscal (cujo coordenador foi Miguel Cadilhe), ocupação do território (Jorge Coelho, entretanto falecido) e educação (Pedro Lourtie).