O coordenador dos deputados do PSD na comissão de inquérito ao caso PT/TVI disse hoje, quarta-feira, que está à espera do "despacho escrito" de Mota Amaral a proibir o uso de referências às escutas para decidir a estratégia que vai seguir.
"Nós tivemos conhecimento do despacho apenas pelo meio oral e verbal do senhor presidente da comissão, e solicitámos que esse despacho fosse passado a escrito e distribuído. Quando o recebermos vamos analisar entre nós a posição que assumiremos", disse Pedro Duarte.
O deputado considerou que este "é um momento relevante" do funcionamento da comissão e sublinhou que o PSD já tinha pedido um esclarecimento sobre a metodologia a usar no tratamento das escutas.
O presidente da comissão de inquérito proibiu hoje, quarta-feira, os deputados de invocarem as escutas telefónicas nas reuniões da comissão e no relatório final, por considerar que é inconstitucional.
A decisão é passível de recurso para o plenário da comissão de inquérito, mas os deputados do PSD sozinhos não conseguirão a maioria, já que os restantes partidos concordaram com Mota Amaral.
O PSD tinha exigido ontem, terça-feira, usar os elementos recolhidos nos resumos de escutas enviados pela comarca do Baixo Vouga e sugeriu fazê-lo à porta fechada.
O deputado do PSD Pacheco Pereira afirmou que ignorar o conteúdo das escutas seria o mesmo que não estar a fazer nada na comissão.