Henrique Jesus, 43 anos, não conseguiu dormir na primeira noite que passou internado no Hospital de Aveiro, onde esteve por lhe ter sido diagnosticada uma infeção urinária.
Havia luz, ruído e outros doentes exigiam cuidados que o impediram de descansar. Por isso, mal lhe disseram que podia fazer o antibiótico e ter cuidados médicos em casa, abraçou a ideia de ser internado ao domicílio, um serviço criado no hospital de Aveiro para ajudar a lidar com a falta de camas e dar cuidados personalizados em contexto familiar, que tem cada vez maior adesão.
A pandemia, conta Susana Cavadas, médica que coordena o serviço com o enfermeiro Nino Coelho, foi um "momento de viragem" no serviço, que passou a ter 10 vagas, mais quatro do que até ali. "As pessoas tinham medo do vírus", explica a médica, salientando que todos os doentes são testados e as equipas médicas têm equipamentos de proteção para evitar contágios.