Estão "sob vigilância médica", no Hospital das Forças Armadas, no Porto, os três militares que, na madrugada de sexta-feira, estiveram envolvidos no trágico incidente que matou a jovem Ani Dabó na praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim.
O Exército diz ainda que se aguarda "o cumprimento das perícias médico-legais" para que possam ser agendadas as cerimónias fúnebres da primeiro-cabo Ani Dabó.
Questionado pelo JN, o Exército esclarece ainda que, dos quatro militares que já tiveram alta clínica, três estão a recuperar em casa e um regressou já à Escola dos Serviços, na Póvoa de Varzim, "por opção própria".
"Os militares continuarão a ter acompanhamento por parte do Centro de Psicologia Aplicada do Exército Português, prosseguindo os cursos que se encontravam a frequentar na Escola dos Serviços", explica o Exército.
Quanto às circunstâncias do trágico acidente que matou Ani Dabó, o Exército não dá, para já, mais explicações: "Informa-se que, foi imediatamente instaurado um processo de averiguações, que decorre os seus trâmites no sentido de apurar, com rigor, todos os factos que ocorreram".
Na quinta-feira à noite, o grupo de oito militares, quatro rapazes e quatro raparigas, todos com cerca de 20 anos, tinha saído do quartel de Beiriz, na Póvoa de Varzim, para comemorar o final do curso de condutor militar que estavam a fazer na Escola dos Serviços. Passaram a noite no Bar da Praia, situado em cima do areal, na praia da Lagoa. Às 4:30, saíram do bar e decidiram ir molhar os pés à praia.
Duas jovens acabaram arrastadas por uma onda. Os amigos fizeram-se ao mar para ajudar. Ani acabaria por não regressar.
O corpo da jovem haveria de ser localizado quase 12 horas depois, 700 metros a sul do local, na praia da Salgueira. Ani tinha 20 anos, era natural da Amadora e a mais velha de quatro filhos.