As críticas de André Ventura ao Twitter não são novas, mas, agora, o líder do Chega decidiu mesmo seguir o exemplo de Donald Trump e Jair Bolsonaro e aderir ao Parler, a rede social onde, teoricamente, não existe censura.
A passagem de políticos conservadores para o Parler intensificou-se depois de algumas publicações, sobretudo no Twitter, terem sido apagadas ou sinalizadas por desinformação ou discurso de ódio. Agora, à semelhança dos presidentes dos EUA e do Brasil, André Ventura ameaça também desistir do "pássaro azul" e transferir os seus posts para a nova rede social.
O aviso foi feito no Twitter. "Se a censura continuar ou aumentar, já temos alternativa: Parler! Ou passa a haver igualdade no tratamento entre forças políticas ou a transferência será certa", escreveu, esta quarta-feira.
As palavras surgem acompanhadas de uma imagem que sugere que o deputado já terá mesmo criado conta no Parler, cujo fundador, John Matze, apresenta como uma alternativa sem censura às restantes plataformas sociais, razão pela qual tem conquistado políticos conservadores e de extrema-direita.
De recordar que, em junho, André Ventura já tinha afirmado que, caso o Chega vença as eleições, o Twitter deixará de ser "a bandalheira que é, pelo menos em Portugal", assegurando que "ofender polícias, magistrados ou guardas prisionais vai dar mesmo prisão".
O Parler foi criado em 2018, mas, recentemente, tem vindo a ganhar popularidade entre utilizadores que destacam a sua maior "liberdade de expressão". Aliás, "fala livremente, controla a tua experiência" é o slogan usado pela rede social, que já conquistou, por exemplo, todo o "clã Bolsonaro".