Parece que existem dois mundiais para Cristiano Ronaldo. Um disputado dentro do campo, onde as substituições nem sempre são bem aceites, onde se nota que o avançado da seleção portuguesa está ansioso e revela-se pouco eficaz na hora de finalizar. Outro sobre o futuro do jogador, cheio de interrogações em relação ao novo clube, depois de ter rescindido contrato com o Manchester United.
No meio destas duas forças, a notícia do jornal espanhol "Marca" fez estragos esta segunda-feira: Ronaldo vai assinar por duas épocas e meia pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita. Se a mudança se concretizar, o capitão da equipa das quinas ganha um autêntico Euromilhões e torna-se no jogador mais bem pago da história do futebol, passando a receber 200 milhões de euros por época. Uma contratação de peso para renovar a imagem do país a nível social, desportivo e económico.
Mesmo assim, permanece a dúvida: aos 37 anos, Ronaldo faz bem em ir para um campeonato menos mediático? Ou deve continuar na Europa numa liga mais competitiva?
No meio desta novela, há ainda a narrativa do que tem sido o Mundial do Catar, muito contestado por ser realizado num país onde as desigualdades são enormes, mas importante para alertar a consciência coletiva sobre os direitos humanos, das mulheres e dos homossexuais. Os jogadores da seleção do Irão contestaram o país e esta segunda-feira percebeu-se o que os números são assustadores: pelo menos 504 pessoas foram executadas este ano no Irão. E 2022 ainda não terminou.
Depois dos alarmes terem soado em Espanha, com a entrega de envelopes suspeitos às representações da Ucrânia no país, a embaixada ucraniana em Lisboa afirma ter recebido correspondência de origem duvidosa e acionou os meios policiais para despistar uma possível ameaça terrorista. Estamos perto do Natal, é preciso paz no Mundo.