Os desafios com que a sociedade se defronta exigem aumentar a qualificação da população, atraindo mais jovens para o Ensino Superior. Indubitavelmente, apesar dos progressos registados, há ainda muito a fazer, se Portugal quiser continuar a convergir com os países mais desenvolvidos.
Para além do cumprimento dos imperativos constitucionais de democratização do acesso ao Superior, são vários os sinais que mostram a posição de Portugal em contexto internacional e apontam o caminho que falta percorrer.
a) Foi neste contexto que as universidades celebraram com elevada expectativa um contrato com o Governo, visando garantir às instituições maior previsibilidade e estabilidade do seu enquadramento financeiro.
b) Certamente, todos gostariam de ter um acordo mais ambicioso, que permitisse resolver a situação de subfinanciamento crónico com que as universidades se confrontam há vários anos. Mas, é importante estar ciente dos constrangimentos financeiros que o país atravessa e da complexidade do contexto europeu.
c) As universidades têm contribuído para que o país possa ter contas equilibradas. Neste acordo mantêm o compromisso de prosseguir práticas de gestão que potenciem o equilíbrio financeiro, a adequada gestão de recursos, a eficiência da despesa pública, num contexto de total transparência e exigente pública prestação de contas.
d) Dito isto, o Ensino Superior enquanto base do desenvolvimento económico do país e das regiões, e do bem-estar social dos cidadãos, deve ser uma prioridade. É fundamental traçar um caminho concertado pautado por mais e melhor Ensino Superior e Ciência, e que aposte no conhecimento, de forma a assegurar mais jovens mais qualificados e garantir o futuro de Portugal.
*Reitor da UTAD