É unanimemente reconhecida a tendência que os árbitros têm para, em caso de dúvida, favorecerem os clubes mais poderosos.
A própria ciência explica os vieses implícitos que se geram, entre outros fatores, pelo julgamento público dos árbitros sempre que - bem ou mal - apitam contra os interesses daqueles que dominam a cena mediática. Para preservar a integridade da competição e o valor do espetáculo, as autoridades desportivas têm a obrigação de criar mecanismos de controlo. Acreditava-se que o VAR poderia ser um desses mecanismos mas, infelizmente, em vez de servir para atenuar essas diferenças, o VAR tem ajudado a aprofundá-las.
Não é uma coincidência que Benfica, Sporting e Porto liderem a lista de pénaltis marcados a favor com 12, 10 e 9 penalidades, respetivamente, enquanto o Braga - que compete ao mesmo nível - apenas teve 6. A forma indiscriminada como o VAR é chamado a intervir e a natureza reiteradamente parcial das decisões demonstram que o mecanismo está longe de cumprir o objetivo fundador.
Os últimos dois jogos do Braga são bem ilustrativos disto mesmo. Na Luz, uma grande penalidade evidente sobre Ricardo Horta ficou por assinalar. Já no domingo, na pedreira, duas grandes penalidades bem duvidosas foram marcadas contra o Braga. Isto na mesma jornada em que árbitro e VAR pouparam a expulsão de Inácio quando o Sporting perdia por 1-0.
Assim fica difícil acreditar na integridade da competição. Contra estas arbitragens e VAR, o Braga só tem uma solução: marcar e marcar. Foi isso mesmo que fizeram Bruma e Pizzi, quando o jogo parecia condenado a um empate injusto. Seguimos fortes.
A subir
Bruma continua a fazer a diferença pela positiva. Fundamental na última vitória do Braga.
A descer
A confusão na comunicação sobre a venda de bilhetes para a final da Taça. Não pode haver qualquer dúvida de que os sócios com lugar anual têm prioridade na aquisição.
*Adepto do Braga

