Opinião

Reformas e relações com a UE

Reformas e relações com a UE

Após a assinatura com a União Europeia do Acordo de Associação em 2014, que entrou em vigor em pleno a 1 de setembro último, a Ucrânia tem implementado reformas abrangentes a fim de cumprir os requisitos europeus.

Claro que nem tudo pode mudar ao mesmo tempo. Mas as mudanças positivas que, desde então, têm ocorrido no país são cada vez mais evidentes.

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Já temos imenso progresso na luta contra a corrupção. A Agência Nacional para a prevenção da corrupção, entre outras medidas, iniciou a plena adesão às declarações eletrónicas de rendimentos desde 1 de setembro de 2016, o que criou meios adicionais para controlar o enriquecimento ilícito.

A Ucrânia continua a implementar as reformas na esfera da defesa e da segurança, de acordo com os padrões da NATO. O Complexo da Indústria Defensiva da Ucrânia avançou com a criação de sistemas de combate modernos para cobrir as necessidades das Forças Armadas, os quais não só incluem veículos aéreos não tripulados, mas também complexos terrestres, em particular, foi desenvolvido e apresentado pelos técnicos especializados o veículo blindado pilotado remotamente "Phantom". Em março deste ano, a nova aeronave da Empresa estatal "Antonov" AN-132-D, feita totalmente sem componentes russos, levantou o primeiro voo.

A Ucrânia faz parte dos nove países que têm um ciclo restrito de tecnologia de aviação e construção de aeronaves, bem como dos cinco países que têm um ciclo restrito de produção de foguetões espaciais. As empresas ucranianas possuem 17 das 22 tecnologias mundiais conhecidas e participam em 50 projetos internacionais.

A Ucrânia é o centro tecnológico "IT hub". Startups ucranianos, cuja quantidade subiu 237% em comparação com 2014, e a solução de inovação tecnológica "Made in Ukraine", na área da gestão, da segurança cibernética e nas operações bancárias e financeiras constituem uma alta demanda no mercado global.

Desde 1 de agosto de 2016, todas as aquisições públicas na Ucrânia são realizadas exclusivamente via eletrónica, através do sistema ProZorro. Até 1 de janeiro deste ano, com o ProZorro, o orçamento apresentou uma poupança de 10,2% no total de aquisições.

Graças às reformas abrangentes, na Ucrânia decorreram transformações sociopolíticas e económicas significativas. Mudou o nível de liberdade política, adquiriu-se um novo significado quanto ao papel de cidadão, mudou o nível de consciência e da perceção da competitividade na área de negócios.

A entrada em vigor do Acordo de Associação muda a lógica das relações entre a Ucrânia e a UE. Por um lado, as oportunidades de negócio oferecidas aos nossos parceiros europeus pela Zona de Comércio Livre, que funciona desde 1 de janeiro de 2016, no que diz respeito ao procedimento simplificado para entrar no mercado ucraniano de muitos milhões de pessoas, deve ser o catalisador para o aumento de atividade das empresas europeias. E por outro lado, o reconhecimento de que as produções ucranianas correspondem às exigências de qualidade da UE facilita a saída para o mercado dos países europeus.

Os produtores ucranianos, sabendo que conseguem produzir de acordo com as exigências da UE e vender os seus produtos nos países europeus, deixam de ser dependentes da Federação Russa, reforçando assim a sua competitividade.

Houve uma mudança histórica na estrutura geográfica das exportações ucranianas a favor do aumento dos seus volumes para os países da UE. De acordo com os dados estatísticos, a UE ocupa o primeiro lugar entre os principais parceiros comerciais da Ucrânia. O volume do comércio entre a Ucrânia e a UE aumentou em 22%. O processo de integração da economia ucraniana no mercado europeu é irreversível.

Enfim, temos uma agenda muito ambiciosa no que diz respeito à nossa relação com a UE. A própria assinatura do Acordo de Associação fez grande publicidade dos produtos ucranianos, mas a sua futura implementação pode garantir uma plena inserção da produção ucraniana no mercado europeu.

EMBAIXADORA DA UCRÂNIA

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