Felisbela LopesTemos de evitar a catástrofe alimentar Fortemente afetado pela covid-19, o sistema alimentar global é agora atingido por uma guerra inesperada. Antes da invasão da Ucrânia, o Programa Alimentar Mundial já havia avisado que 2022 seria terrível. Mas poderá ainda ultrapassar as piores previsões.
Felisbela LopesCovid-19 em Portugal: a estratégiaIntegrar o grupo que fez as propostas de desconfinamento do país foi um dos maiores desafios profissionais: a tarefa apresentava-se gigantesca, o impacto das medidas seria sempre enorme, as pressões poderiam disparar dos mais variados quadrantes. Cada um de nós sabia que não poderia falhar. Agora, chegou a altura de retratar essa experiência em livro.Costa admite que nem todas as medidas da pandemia foram coerentes
Felisbela LopesExames digitais: a revolução O Ministério da Educação prevê passar as provas de aferição e os exames finais para formato digital. Será algo progressivo, mas que implica uma mudança estrutural da aprendizagem. Porque provas desta natureza não poderão ser feitas maioritariamente em forma de resposta múltipla.
Felisbela LopesSaber escutar Tendo incentivado no ano passado os profissionais da comunicação a "gastarem as solas dos sapatos" a ir aonde ninguém mais vai, desta vez a mensagem do Papa Francisco para o 56.oº Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se celebra a 29 de maio, é "escutar". Imersos em ruídos diversos, sentimos ser cada vez mais difícil ouvir os outros com atenção. E, sobretudo, com tempo.
Felisbela LopesÉ preciso (continuar a) falar da Ucrânia A mensagem que Volodymyr Zelensky vai deixando nos parlamentos dos diferentes países é clara: a Ucrânia precisa de mais apoios da comunidade internacional. Desde cedo, se percebeu que o invasor é forte.
Felisbela LopesBraga pela Quaresma A identidade de uma cidade estrutura-se, em parte, pelos traços distintivos que apresenta. Em Braga, nada é mais singular do que a Semana Santa. Em nenhuma outra parte do país, encontramos celebrações religiosas com tamanha solenidade. E isso deveria suscitar uma cuidadosa atenção do poder local, da Igreja e do Turismo nacional. Falamos aqui de momentos únicos que poderão constituir uma colossal atração turística.
Felisbela LopesEleições de alto risco em França Os títulos da imprensa francesa de ontem dizem-nos duas coisas: que o impacto das eleições presidenciais do próximo domingo ultrapassa o hexágono e que este escrutínio tem um desfecho ainda em aberto. E temerário. "Um perigo como jamais houve", titulava o "Libération". "Os riscos de um escrutínio incerto", alertava o diário "Le Monde". "Uma eleição de alto risco", afirmava em capa a revista "L"Obs".
Felisbela LopesUm outro eixo entre Belém e S. Bento Numa semana, Marcelo Rebelo de Sousa estragou, por duas vezes, momentos aclamativos de António Costa. Em dia de anúncio deste Governo, suspendeu a audiência para se inteirar dos novos nomes; na tomada de posse do XXIII Governo Constitucional, prendeu o primeiro-ministro a toda a legislatura. E chamou a si uma inesperada visibilidade mediática.
Felisbela LopesUm tempo político novo Um Governo de maioria absoluta tira poderes à Assembleia da República e subtrai influência ao presidente da República. Por isso, os partidos com assento parlamentar e o próprio Marcelo Rebelo de Sousa são tentados a protagonizar momentos de relevância.
Felisbela LopesA energia como braço armado da geopolítica Há uma forma de dizimar Putin: reduzir drasticamente as compras de petróleo, gás e carvão à Rússia. Eis um passo gigantesco para ganhar esta guerra e, em simultâneo, combater as alterações climáticas. Todavia, ninguém parece preparado para tal revolução. Ora, convém lembrar que também não estávamos organizados para enfrentar uma pandemia, mas depressa mudámos de vida para sobreviver. É novamente isso que está em causa.
Felisbela LopesOs verdadeiros heróis Por estes dias, olho as imagens da guerra na Ucrânia a muito custo, mas preciso muito de as ver para me aproximar de um sofrimento que sei que está muito para lá do imaginável. Nunca vou entender como é possível ir tão longe nas atrocidades cometidas... Aquilo que os jornalistas e os próprios ucranianos mostram traz para perto de mim a dureza de um tempo que julgava ultrapassado. Como estava enganada!
Felisbela LopesA força dos cidadãos Há uma semana, a guerra na Ucrânia entrou inesperadamente pela minha aula de comunicação política. Ontem, aconteceu o mesmo. Procurei saber de que forma os estudantes, que tanto interesse manifestavam pelo tema, iam reunindo informação. A par de alguns correspondentes no terreno, os alunos estão a seguir publicações nas redes sociais de cidadãos ucranianos. Aí está o reflexo de uma nova era que se abre agora diante de nós.
Felisbela LopesDepois de uma pandemia, a guerra... "São 5h05, quinta-feira, 24 de fevereiro, em Kiev, na Ucrânia. A guerra começou". Assim se repetiu ontem, em várias línguas, a notícia do ataque da Rússia à Europa. A guerra mais dura faz-se no terreno, longe dos olhares públicos. Mas há outras ofensivas em curso. A diplomática e a da informação serão decisivas. E terão enorme visibilidade.
Felisbela LopesRecordações de uma severa pandemiaEstes dois anos passaram depressa, mas simultaneamente dentro deles coube tanta e tanta coisa. Neste tempo, todos aprendemos a ser mais resilientes perante adversidades, a planear menos o futuro e a fazer sucessivas adaptações.
Felisbela LopesInflação, o problema seguinte Não tem ocupado o topo dos alinhamentos, mas a inflação está a preocupar bastante os decisores políticos. À escala global. E a ser sentida todos os dias por cada um de nós. Percebemos há muito que os preços (dos alimentos, da energia, dos transportes...) estão a atingir níveis inéditos. E os salários continuam praticamente inalterados. Não será fácil este nosso regresso à normalidade.
Felisbela LopesUns Jogos Olímpicos estranhosComeçam hoje os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim. A 24.ª edição deste grande evento desportivo será estranha, porque lhe faltará uma das partes essenciais: público na assistência. A China continua apavorada com uma pandemia que as suas vacinas não ajudaram a controlar e retrai-se. Mesmo assim, o presidente chinês vai decerto colocar o seu poder em cena de forma exuberante.
Felisbela LopesUma campanha ao lado do essencial No domingo, iremos votar em consequência de um chumbo do Orçamento do Estado. Sendo previsível que nenhum partido conquistará uma maioria absoluta, é necessário haver um governo de coligação ou acordos parlamentares.
Felisbela LopesÉ preciso priorizar a escola Titulava este jornal ontem que as infeções em crianças triplicaram na primeira semana de aulas. E vão aumentar por estes dias, resultado dos testes que as escolas estão a promover junto dos alunos. Ora, este número avassalador de estudantes em isolamento deveria impor medidas urgentes. Já e em força.
Felisbela LopesRegionalizar para desenvolver territórios Em Portugal, o país político que decide não encontra na regionalização uma prioridade. Quando os partidos são chamados a debater o tema, o registo dominante é uma espécie de nim que não avança para qualquer processo deliberativo.
Felisbela LopesEnvolver mais os cidadãos, sem desresponsabilizar os decisoresA indicação que os especialistas deixaram quarta-feira no Infarmed foi clara: é preciso promover a autoavaliação do risco e intensificar os autotestes. A partir de agora, a responsabilidade centra-se em nós.
Felisbela LopesLições que levo para 2022 Ser resiliente. Este foi um ano adiado. Acreditamos muito que, por esta altura, estaríamos mais libertos de um vírus que pesou demasiado na nossa vida. E não estamos. Se pensarmos bem, foi assim que vivemos 2021. À espera de melhores dias, confrontando-nos em permanência com um quotidiano que não queríamos viver. E vivemos. E isso tornou-nos certamente mais resistentes à adversidade.
Felisbela LopesImagens de um Natal único Um dos momentos fortes que ficarão comigo neste Natal será o das filas para a testagem e o número avassalador de autotestes vendidos nas farmácias. Significa isso que estamos mais conscientes de que a prevenção constituirá sempre o nosso melhor escudo protetor, mas também exprime o cuidado que temos com os outros, sobretudo com aqueles que nos são mais próximos.
Felisbela LopesViver na incerteza A maior aprendizagem que fiz nestes últimos meses é a de não fazer planos de médio prazo. Para alguém que tem na organização da agenda um modo estrutural de gerir a sua vida, isso constitui algo disruptivo. Ora, é exatamente com a incerteza em mente que temos de olhar para as próximas semanas. Porque tudo pode acontecer.
Felisbela LopesQue campanha eleitoral teremos?Por estes dias, vamos conhecendo os cabeças de lista dos diferentes partidos pelos vários círculos eleitorais às próximas eleições legislativas. Nem sempre as escolhas resultam dos melhores critérios. Isso é um velho problema, mas há outro que convém resolver este ano: a campanha eleitoral. Janeiro será um mês de contenção de contactos físicos, o que obrigará a criar outra comunicação política com os cidadãos.
Felisbela LopesQue esperar deste dezembro?Chegamos ao último mês de um ano de transições inacabadas, de promessas cumpridas pela metade. O desconfinamento que fizemos desde março passado quase nos levou a pensar que o vírus desaparecera. A altíssima percentagem de vacinação do país alargou o otimismo. Quisemos ignorar o inverno que temos pela frente e o mundo de fronteiras abertas que, à escala global, acolhe uma imparável mobilidade.