Nuno BotelhoO Estado FrasquilhoO Estado português continua a ter hábitos de rico e a ser o sustento de uma legião de pequenos lordes. São elites transversais a governos e partidos, com vícios lisboetas que Camilo e Eça já descreveram em detalhe. Muito do depauperamento das contas públicas encontra-se em práticas de gestão que parecem feitas de propósito para alimentar o populismo.
Nuno BotelhoMudança de ano ou mudança de hábitos?Seria difícil imaginar um ano mais duro, incerto e sofrido de que 2020. Pela pandemia que nem uma ficção delirante poderia conceber.
Nuno BotelhoVacina, essa imensa medida económicaDecisiva, a curto prazo, não é tanto a aprovação do fundo de recuperação ou a presidência portuguesa da União. Relevante, no imediato, será menos a dimensão do investimento público. O que importa mesmo, para efeitos de confiança, emprego e economia, é a eficácia do plano de vacinação anticoronavírus.
Nuno BotelhoTeremos Natal se o PC quiserNada explica a realização do congresso do PCP, este fim de semana, em Loures. Ou talvez alguma coisa justifique. Tal como, por exemplo, a votação final global do Orçamento do Estado, no exato dia em que o evento começa.
Nuno BotelhoDesgoverno, esperança e tolicesPandemia. Vivemos em estado de emergência. No primeiro dia de recolher obrigatório, o chefe do Governo dá uma entrevista à TVI e explica o conceito: "Saia, mas em segurança". Onde a lei determina proibição, a mensagem de António Costa relativiza a exceção. É difícil conceber tanto desnorte e contradição (proíbem-se mas já não proíbem as feiras; proíbem-se mas já não se proíbem as idas aos supermercados). Não admira que os setores da restauração e do comércio se indignem e reclamem compensação. Quando, em tempo de calamidade, o Governo se mostra fraco e inseguro, é o Estado que perde autoridade. Nenhum país, nenhum Governo e nenhum hospital estava preparado para a pandemia. O suposto seria que a primeira vaga tivesse trazido experiência e saber para lidar com a segunda. O nosso Governo, porém, "não estava a contar" que ela viesse tão cedo. Ouve-se e não se acredita que não tenha aprendido que a principal característica desta doença é a sua imprevisibilidade.
Nuno BotelhoO que fazer com uma bazuca?Está aí a famosa "bazuca" com a qual o Governo promete resolver todos os nossos problemas. Para o Porto, e apenas em matéria de transportes, estão garantidos 1,3 mil milhões de euros para a expansão do metro e para o metrobus. Mais duas novas linhas de comboio de alta velocidade: uma para nos ligar a Vigo, outra em direção a Lisboa. Não é sequer preciso recorrer ao ditado da esmola e do pobre que desconfia para não entrarmos em euforia.
Nuno BotelhoOs nossos hospitais - duas referências de qualidadeQuando em 2017 a Associação Comercial do Porto, a Irmandade dos Clérigos e a Santa Casa da Misericórdia do Porto instituíram o Prémio D. António Francisco dos Santos, tinham como objetivo distinguir iniciativas solidárias de apoio a cidadãos e instituições que se destacam na promoção da dignidade, dos direitos humanos e da promoção da paz.
Nuno BotelhoA hora da verdadePortugal reagiu bem à pandemia, mas está no limite de sacrificar a economia. Em outubro, chega o momento da verdade, com um Orçamento do Estado que apontará o caminho para um agravamento ou para a recuperação. É difícil ser otimista.
Nuno BotelhoO autogolo de António CostaO caso Benfica arrisca-se a entrar para a história como o maior erro político de António Costa.
Nuno BotelhoO fim do centro e a ditadura do "anormal"É quase impossível encontrar motivos de esperança numa sociedade que privilegia o insulto em vez do caráter ou onde a desordem gera mais benefícios do que o bom senso? Se é que ainda existem, o respeito e a consideração estão em franco desuso. Vale tudo?
Nuno BotelhoUma festa, uma vergonha ou uma provocação?O Avante não é um comício. O Avante não é um festival. Em ano de pandemia da covid-19, o Avante é uma vergonha e um certificado da irresponsabilidade nacional. A distorção das regras e a desfaçatez com que se abrem exceções são causa e consequência de autoridades sem poder (e com medo de o exercer) e de serviços do Estado que não têm respeito nem merecem confiança.
Nuno BotelhoAs elites e o futuro do NorteOs autarcas vão escolher os novos presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional. Este poderá ser o momento para o Norte se libertar dos aparelhos partidários e eleger um homem sério, capaz e independente. Sim, esse mesmo, o atual presidente da CCRD-N, Fernando Freire de Sousa.
Nuno BotelhoBoas práticas e 25 mil milhões Este podia ser o título de um livro de economia e gestão pública. Prefácio: finalmente o suspense acabou bem para Portugal e houve acordo em Bruxelas.
Nuno BotelhoUma catástrofe chamada TAPO tema TAP volta a ser inevitável. Como será inevitável nos próximos meses e anos. Por aquilo que vai custar aos contribuintes, pelo que acrescenta à responsabilidade do Estado e pelo custo político que o Governo vai pagar pela quase nacionalização da empresa.
Nuno BotelhoTrês dramas dos nossos diasO estado da TAP. A providência cautelar que a Associação Comercial do Porto colocou em tribunal pretende impedir o Estado de financiar (com o dinheiro dos nossos impostos, não se trata de fundos comunitários) uma companhia aérea falida (que é privada, tem uma gestão privada e não presta serviço público). Queremos poupar 1,2 mil milhões de euros ao erário público. Queremos evitar o desperdício de uma verba astronómica (equivalente à construção de 46 alas pediátricas do Hospital de S. João). Não é uma questão do Porto ou do Norte. Temos recebido o apoio de personalidades e instituições de todo o país. E o problema nem é só a TAP. O problema são quarenta anos de má gestão, absurdas opções estratégicas do Estado e a centralização do investimento no mesmo sítio de sempre.
Nuno BotelhoNão ao "normal" de uma cidade a ferro e fogoInúmeras reportagens identificaram já a grave situação social e de saúde pública, quando não criminal, que conheceu contornos novos nos últimos anos. Claramente agravados pela pandemia nos últimos meses. Não podemos aceitar este "normal".
Nuno BotelhoA força do Norte que puxa o paísFinalmente o povo está nas ruas, nas esplanadas e nas praias. E o quanto precisávamos destes sinais para começar a recuperar a confiança. O Porto e o Norte dão o exemplo e estão na primeira linha. Puxando pelo país inteiro.
Nuno BotelhoA hora da economiaAs finanças estão de volta ao debate. Um bom sinal para a saúde pública - dentro do espírito de que o pior já passou - mas nem por isso grande augúrio para Mário Centeno. Quando era preciso que estivesse em forma, o "Ronaldo" do Governo tem-se destacado pelos falhanços.
Nuno BotelhoUm país único para uma reabertura únicaÉ de reabertura que agora se trata. Com dúvidas e opiniões diferentes, mas em consenso generalizado quanto à urgência de voltar ao trabalho.
Nuno BotelhoO bom exemplo português que não enche frigoríficos Portugal está outra vez na moda. Agora não como destino turístico, infelizmente, mas enquanto modelo de responsabilidade e de cooperação entre responsáveis políticos.
Nuno BotelhoSalvar vidas, salvar empregosOs sinais de instabilidade somam-se à incerteza dos dias que vivemos. É fundamental manter o empenho, a responsabilidade e a esperança.
Nuno BotelhoSinais de esperançaNo Porto, como em tantos momentos da história da cidade que, não por acaso, é Invicta, a pandemia do coronavírus veio revelar sobretudo o melhor.
Nuno BotelhoDa confiança nos hospitais do PortoApesar dos riscos e da incerteza de uma epidemia como a que estamos a atravessar, o Porto responde com dois bastiões de segurança, de profissionalismo e de dedicação.
Nuno BotelhoBoas notícias de LisboaOs vícios do centralismo levam-nos por vezes a julgar que de Lisboa só vêm más notícias. Nem sempre é verdade. Esta semana há até dois casos a confirmá-lo.
Nuno BotelhoPorto, cidade livre e independenteEm artigo publicado no JN de 7 de fevereiro, o Senhor Dr. Ricardo Valente, vereador da Câmara do Porto, vem tentar iniciar comigo, sem sucesso, uma polémica a propósito da eventual concessão do Coliseu do Porto. Sucede que o faz com base em falsidades, incorreções, interpretações erradas e abusivas.