
Túnel da Linha Rosa no Jardim do Carregal já conta com 253 metros de extensão
Pedro Correia / Global Imagens
Nasce a 27 metros de profundidade, no Jardim do Carregal, o túnel da Linha Rosa do metro, que vai ligar a Casa da Música a S. Bento, no Porto. Já cresceu até à Reitoria da Universidade do Porto, contando com 253 metros de extensão. A obra deverá ficar concluída a 31 dezembro de 2024.
Como os túneis se constroem de cima para baixo, estão abertas cerca de sete frentes de obra no Porto para chegar a S. Bento, atravessando o Centro Histórico do Porto num percurso de quase três quilómetros. Uma parte do canal está a ser rasgada a 27 metros de profundidade, no Jardim do Carregal, contando já com 253 metros de extensão. No final das obras, terá 583. Foi esse mesmo túnel que o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, visitaram esta sexta-feira.
O canal está a ser rasgado a partir da Boavista, da Galiza e do Jardim do Carregal. Prevê-se que estas duas últimas se unam entre março e maio do próximo ano. O custo da obra também subiu, estando agora no patamar dos 246 milhões de euros. A evolução dos trabalhos encontra-se, atualmente, nos 40%.
Ritmo da obra vai diminuir
É a 27 metros abaixo do solo, no fundo de um poço de ventilação e emergência mesmo no meio do Jardim do Carregal, que uma parte do túnel do futuro traçado atravessa o Centro Histórico do Porto. Dali, já rasgou 253 metros de pedra, estando mesmo por baixo da Reitoria da Universidade do Porto. O "passo de avanço", agora, vai diminuir, até estar concluída a ligação a S. Bento.
"Estamos a apanhar um material de pior qualidade, que vai obrigar a reduzir o passo de avanço e a colocar um sistema de suporte diferente, para controlarmos as deformações na superfície. Tendo a Reitoria aqui em cima, há algum cuidado que temos que ter", explicou aos jornalistas um dos técnicos da obra da Metro, durante a visita ao túnel. Para compensar, e cumprir o prazo estabelecido, serão abertas mais frentes de obra.
O objetivo da empresa, assevera Tiago Braga, é ter a obra concluída no dia 31 de dezembro de 2024. Isto, para que depois a Metro possa avançar para "a fase de pré-operação". "Teremos que ensaiar todos os sistemas, desde a sinalização, os sistemas de segurança ferroviário, os sistemas de apoio ao cliente, à exploração, bilhética, máquinas de venda automáticas, etc. Ou seja, uma bateria de ensaios que demora, em circunstância normal, cerca de dois a três meses", clarifica o presidente do Conselho de Administração da Metro.
Se tudo correr como o esperado, "no final do primeiro trimestre de 2025 teremos condições de arrancar com a operação da Linha Rosa", nota Tiago Braga.
"Só esta linha vai permitir, do ponto de vista ambiental, angariar, segundo as nossas expectativas e estudos, cinco milhões de passageiros e remover 1500 toneladas de dióxido de carbono equivalente", nota o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.
Testes aos novos veículos estão a terminar
Há já um novo veículo da Metro a chegar aos cinco mil quilómetros exigidos de testes. Por isso, o presidente do Conselho de Administração prevê estrear, entre o final de junho e inícios de julho deste ano, a nova composição. As restantes não precisarão de uma fase de testes tão extensa, bastando chegar aos 500 quilómetros.
O aumento da frota permitirá à Metro, em setembro, operar a Linha Amarela com 12 veículos por hora e por sentido. O prolongamento deste traçado entre Santo Ovídio e Vila d'Este deverá entrar em operação no início de 2024.
