O líder parlamentar do PSD desafiou o líder do PS a abandonar a postura de "nim" e a dizer se "sim" ou "não" assinaria o memorando de entendimento com a 'troika' se tivesse tido que o fazer.
"A questão mais importante deste debate é saber onde está o Partido Socialista e o seu líder. Não chega dizer que se quer cumprir o memorando mas que se vota contra o Orçamento do Estado que o executa, não chega estar ou querer estar com Deus e com o diabo, não chega querer estar com um o pé num lado e com o outro pé do noutro lado", afirmou Luís Montenegro.
No debate das moções de censura ao Governo apresentadas pelo PCP e BE, o líder bancada do PSD defendeu que a anunciada abstenção dos socialistas a estas moções "revela falta de convicção".
"A ausência de decisão é pura conveniência. O tempo hoje não é de hesitação, o tempo é de decisão", afirmou.
"O doutor António José Seguro várias vezes tem dito que nem negociou nem assinou o memorando de entendimento mas que o Partido Socialista cumpre a palavra que subscreveu. A questão de hoje é a de há 15 meses atrás, se o doutor António José Seguro tivesse que ter assinado o memorando de entendimento, ainda que o não tivesse negociado, assinava ou não assinava o memo de entendimento? ", questionou.
Segundo Luís Montenegro, "esta pergunta desde essa altura que tem uma resposta: 'nim'".
"O 'nim' do doutor António José Seguro é, de resto, uma coisa que vem de longe. E neste debate os portugueses precisavam de uma resposta. Não vale a pena dizer 'nim'. Ou é não ou é sim", sustentou.