Investigadores procuraram saber as razões do comportamento monogâmico nos mamíferos e concluíram que conservar o par e proteger as crias são as razões primordiais.
O comportamento monogâmico de alguns machos mamíferos é debatido por duas investigações, publicadas esta semana nas revistas "Sience" e "Proceedings of the National Academy of Science" (PNAS).
As investigações da revista "Sience" concluíram que alguns machos mamíferos optam pela monogamia para não perder a sua parceira. Segundo os investigadores, os machos adoptam este comportamento em espécies em que as fêmeas férteis não se relacionam entre elas e em que a densidade populacional é baixa.
O macho não quer perder a parceira pela impossibilidade de cortejar e conservar muitas fêmeas face aos seus competidores.
Das 2.454 espécies de mamíferos analisadas, conservar o par foi o motivo mais forte para a monogamia nos machos. A utilização de mapas genéticos das espécies ajudou a consolidar as conclusões.
O estudo publicado também esta semana pela revista "PNAS" concluiu um resultado diferente. Ao investigar primatas, Christopher Opie (University College London) e os seus colegas apuraram que a monogamia social entre um macho e uma fêmea evoluiu com os primatas para reduzir a ameaça de infanticídio por parte de machos rivais.
Ambos os estudos concordam que o cuidado parental das crias seria uma consequência da monogamia social e não uma causa.