O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares negou, esta quinta-feira, qualquer intervenção sua ou do ministro da Administração Interna no caso da eventual cedência de imagens da RTP, que levou à demissão do diretor de informação do canal.
Durante a conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, a comunicação social perguntou a Miguel Relvas se tinha havido algum pedido ou ordem sua ou do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, à RTP para a entrega de imagens à Polícia de Segurança Pública (PSP).
"Nem eu nem o senhor ministro da Administração Interna tivemos qualquer intervenção nesse processo", respondeu o ministro.
Miguel Relvas considerou que esta "é uma questão de gestão interna da RTP" que deve ser dirigida à administração da empresa pública de televisão.
A administração da RTP emitiu na quarta-feira um comunicado no qual afirma que os "responsáveis da direção de informação facultaram a elementos estranhos à empresa" imagens dos incidentes ocorridos a 14 de novembro, dia da greve geral, em frente ao parlamento e adianta que foi um aberto um inquérito.
Na sequência desta polémica, o diretor de informação da RTP, Nuno Santos, anunciou a sua demissão do cargo, rejeitando essa acusação.
Miguel Relvas afirmou ainda que foi informado da abertura de um inquérito sobre a eventual cedência de imagens da RTP, adiantando que concorda com esse inquérito e aguarda os seus resultados.
"O senhor presidente do Conselho de Administração da RTP contactou-me e informou-me que iria abrir um inquérito, com o qual concordo, e aguardo os resultados desse inquérito sobre o que se passou", declarou Miguel Relvas.