Passavam doze minutos das 18 horas quando foi declarada aberta a CEC Guimarães 2012. O pavilhão multiusos de Guimarães foi acolhendo as quatro mil pessoas que deram forma às bancadas e assistiram a uma cerimónia que causou impaciência durante os discursos, mas que elevou a alma, quando os acordes clássicos ecoaram pelo recinto.
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As individualidades foram ocupando o lugar para um espectáculo grandioso, com parte protocolar e espectáculos de música e dança, com a particularidade de conciliar as tradições locais, como o rufar dos Nicolinos.
O primeiro ministros garantiu que "sejam quais forem as circunstâncias económicas, a Cultura nunca é nem será um bem menor", garantiu, ontem, na cerimónia de abertura da Capital Europeia da Cultura (CEC), Guimarães 2012, Pedro Passos Coelho.
Dos diversos discursos sobressaiu a ideia de ser a cultura uma forma de alcançar outros patamares para o país para a vanguarda da investigação e da tecnologia.
O presidente da República, Cavaco Silva, lembrou que "Portugal inteiro revê-se, neste momento, em Guimarães. Os museus serão uma praça giratória por onde passarão milhares de visitantes", assinalou o PR que espera reflexos importantes "da imagem global do país" na afirmação internacional.
Durão Barroso explicou o porquê de a Comissão Europeia sempre apoiou as Capitais Europeias, "para dar expressão à dimensão cultural da Europa. Pela identidade cultural da nossa Europa. As CEC têm contribuído para o desenvolvimento económico e social das cidades, porque é um processo que começa na cultura, mas que envolve requalificação urbana e contribui para a coesão social".
O presidente da Fundação Cidade de Guimarães, João Serra lembrou que "nestes tempos difíceis, nunca devemos esquecer que, mesmo nos momentos em que tudo parecia perdido, foi nas grandes obras da cultura e da criação que a Europa encontrou ânimo, força e inspiração para se reerguer e se reinventar".
O autarca António Magalhães vê na CEC a importância de "construção de uma cidade de futuro, mas com orgulho no passado".