Na semana passada, abordámos alguns nomes coletivos relativos a coleções, grupos ou conjuntos de pessoas ou objetos.No entanto, quando falamos do reino animal ou vegetal e queremos significar um grupo ou conjunto há, igualmente, alguns nomes coletivos específicos.
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Assim, ninguém gosta de ser picado por uma abelha, muito menos por um enxame.
A palavra fio pode ter vários significados, podendo traduzir um cardume de atuns; mas se for de sardinhas, trata-se de um corso.
Quando vemos muitas aves juntas, estamos perante um bando. Um aglomerado de bestas de carga designa-se por récua. Quem quiser nomear um conjunto de cabras, deve dizer um fato. Se se tratar de um conjunto de camelos é uma cáfila.
Raramente, vemos uma cambada (conjunto de caranguejos). Só se for depois de mortos. Mas, é usual avistarmos um armento (conjunto de gado graúdo), muitas vezes, rodeado de um enxame (conjunto de insetos).
Nas serras, há alcateias (conjunto de lobos) que gostam de atacar rebanhos (conjunto de ovelhas) ou até varas (conjunto de porcos).
No reino vegetal, também há nomes coletivos.
Assim, a um conjunto de árvores de fruto, chamamos pomar; de castanheiros, souto. A um conjunto de oliveiras chamamos olival; de pinheiros, pinhal.
Quando temos várias flores reunidas pelos pés, formamos um ramalhete; quando reunimos uma porção de legumes (nabos, couves, etc.), temos um molho. Se for um conjunto de cebolas ou de alhos, trata-se de uma réstia.
No estrangeiro, conhecem--nos bem pelas magníficas videiras do Douro, que, em conjunto, formam vinhas.
Na verdade, com tanto vocabulário (conjunto de palavras), a língua portuguesa é das mais ricas do Mundo. Talvez por isso seja tão fascinante!
* Professora de Português e formadora do acordo ortográfico
jn.acordoortografico@gmail.com