Álvaro de Campos é o poeta futurista da exaltação da energia, da velocidade e da força da civilização mecânica. É também o sensacionista que ultrapassa a fragmentaridade, numa histeria de sensações.
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Efetivamente, este heterónimo elege como palavra-chave o futuro e escolhe a palavra velocidade como outro seu emblema. Além disso, é um precursor da agressividade estética, como se pode ver no poema "Ode Triunfal", opondo ao conceito de beleza eterna a transformação rápida e efémera. Diz-se ainda filho indisciplinado da sensação que pretende sentir tudo de todas as maneiras.
Pode-se, assim, concluir que Álvaro de Campos, num estilo nervoso, pujante e torrencial, revela-se o poeta da modernidade, constituindo a maior rutura na literatura portuguesa e o ponto mais alto do Modernismo em Portugal.
* Professora de Português e formadora para a área da língua portuguesa
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