O Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim foi atribuído a "Cesare Deve Morrire", dos irmãos italianos Paolo e Vittorio Taviani.
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O filme acompanha a encenação de "Júlio César", de William Shakespeare, por detidos numa prisão de alta segurança de Roma.
O júri do Festival de Cinema de Berlim 2012 foi presidido pelo realizador britânico Mike Leigh e constituído pelo actor norte-americano Jake Gyllenhaal, o realizador francês François Ozon , o realizador iraniano Asghar Farhadi, o fotógrafo e realizador holandês Anton Corbijn, a actriz francesa Charlotte Gainsbourg, o escritor argelino Boualem Sansal e a actriz e cantora alemã Barbara Sukowa.
Os irmãos Taviani, com uma carreira cinematográfica que remonta à década de 1950, venceram em 1977 a Palma de Ouro, em Cannes, com "Padre Padronne", o Grande Prémio do Júri do mesmo festival, em 1982, com "Noite de São Lourenço", e receberam o Leão de Ouro de carreira em Veneza, em 1986.
"Bom-dia, Babilónia", uma história dos primeiros anos do cinema em Hollywood, realizada pelos irmãos Taviani, em 1987, co-protagonizada por Joaquim de Almeida, contribuiu para a revelação internacional do actor português.
Em Berlim, o realizador húngaro Bence Fligauf recebeu o Urso de Prata por "Csak a Szél" ("Just the Wind"), já o alemão Christian Petzold foi distinguido com o Urso de Prata de Melhor Realizador com "Barbara", um filme passado na ex-Alemanha comunista.
O Urso de Prata de Melhor Atriz foi atribuído à zambiana Rachel Mwanza, pelo papel que interpreta em "Rebelle", de Kim Nguyen, e o de Melhor Actor foi para o dinamarquês Mikkel Boe Følsgaard, em "En Kongelig Affære" ("A Royal Affair") de Nikolaj Arcel.
O filme do dinamarquês Nikolaj Arcel foi ainda distinguido com o Urso de Prata de Melhor Argumento, escrito pelo próprio realizador em conjunto com Rasmus Heisterberg.
O Urso de Prata por obra artística de relevo foi atribuído ao director de fotografia alemão Lutz Reitemeier pelo trabalho desenvolvido em "Bai lu yuan" (White Deer Plain), de Wang Quan'na.
O prémio especial do Júri foi atribuído a "L'Enfant d'en Haut", da realizadora franco-suíça Ursula Meier.