Está em exibição nas salas portuguesas "Largo Winch - Conspiração na Birmânia", baseado na novela gráfica de Jean Van Hamme e Philippe Francq, onde a mítica Sharon Stone regressa em força ao cinema, depois de alguns anos de ausência.
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Bastaria um cruzar de pernas para atribuir à atriz um lugar eterno na história do cinema. Hoje, com 54 anos, está de volta na segunda parte da adaptação da novela gráfica "Largo Winch", ao lado de Tomer Sisley, que retoma a personagem central da trama, agora em fuga na Birmânia, depois de ser acusado de crimes contra a humanidade. Caberá a Sharon Stone defendê-lo. Fomos a Paris, capital de França, falar com ela.
Nos últimos três ou quatro anos, não tem trabalhado muito nos Estados Unidos. Foi uma opção deliberada ou não tem encontrado material que a interesse?
Tenho um filho com quatro anos e um com cinco. E sou mãe solteira. Isso ocupa-me imenso tempo. E posso dizer que não tenho encontrado muitos guiões que me entusiasmem o suficiente quando tenho dois filhos para criar sozinha. Há uma decisão a tomar. Mas, agora que os miúdos já não usam fralda, talvez as coisas melhorem.
Até que ponto ser mãe mudou a sua perspetiva sobre a vida e sobre o seu trabalho?
Tenho três filhos, com quatro, cinco e dez anos. Como qualquer pessoa, a partir do momento em que fui mãe pela primeira vez, o Mundo mudou para mim. Já não somos nós o centro do Mundo, mas, sim, a sobrevivência dos nossos filhos no Mundo em que vivemos. Quando temos filhos, vemos tudo de maneira completamente diferente.
A sequência do cruzar de pernas em "Instinto fatal" é um dos grandes ícones do cinema. Era algo que já estava programado ou surgiu por acaso durante a rodagem?
Na altura, quando cruzei as pernas, não imaginei o impacto que iria ter. Mas a verdade é que, se tanta gente fala dessa cena, aplica-se o ditado de que o cliente tem sempre razão. E é uma cena que faz parte da herança da minha carreira. Fico satisfeita que as pessoas achem que é divertida e que isso contribua para que gostem ainda mais do filme.
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