A famosa canção "Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou" ecoou pela primeira vez há 75 anos, no Carthay Circle Theatre, em Hollywood, nos Estados Unidos. Era a estreia de "Branca de Neve e os sete anões", a primeira longa-metragem animada da Disney.
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Com estreia portuguesa um ano mais tarde, "Snow White and the seven dwarfs" (título original) era também a primeira longa--metragem animada produzida nos Estados Unidos, a primeira totalmente a cores e tornou-se no primeiro dos clássicos Disney.
Drama romântico visto por milhões de pessoas ao longo dos seus 75 anos, deixou gravadas nas memórias músicas inesquecíveis, o nome dos sete anões (Mestre, Feliz, Zangado, Soneca, Atchim, Dengoso e Dunga na versão brasileira, que Portugal viu durante muitos anos) e cenas marcantes como a fuga alucinada de Branca de Neve pela floresta assombrada, a dança com os animais na casa dos anões, o espelho falante, o trágico fim da rainha má ou o beijo final do príncipe que desperta Branca de Neve do sono da morte.
Dirigido por David Hand, o filme, que tinha um orçamento inicial de 135 mil euros, mas que custou dez vezes mais, demorou quatro anos e meio a produzir e inspirou-se num conto dos irmãos Grimm intitulado "Branca de Neve", publicado pela primeira vez no início do século XIX, no livro "Kinder-und Hausmaërchen" ("Contos de fada para crianças e adultos"). Adriana Caselotti deu voz à protagonista e Harry Stockwell ao príncipe.
Nomeado para o Oscar da Melhor Banda Sonora, "Branca de Neve e os sete anões" valeria a Walt Disney um Oscar honorário em 1939, para comemorar o primeiro filme inteiramente animado do cinema norte-americano, que era muito especial: a estatueta tradicional era acompanhada por outras sete, mais pequenas. v