Corram, ainda há meia dúzia de bilhetes para o concerto esgotado dos Future Islands

Concerto realiza-se no Hard Club, no Porto
Duarte Silva / Global Imagens
É uma nota de última hora e, apesar da pouquidade, será suficiente para alvoraçar os fãs do electropop dos Future Islands: para o concerto desta sexta-feira à noite no Hard Club, no Porto, esgotado há várias semanas, ainda vão ser postos à venda "meia dúzia de bilhetes".
A nota é da Amplificasom, promotora do espetáculo: "É possível que algumas reservas da last2ticket caiam e se disponibilizem, assim, meia dúzia de bilhetes, mas estes serão apenas vendidos à porta e não online". A corrida começa às 20.30, hora de abertura das bilheteiras - ou começará muito antes, porque quem quiser mesmo comprar estes bilhetes (16 euros) vai ter que guardar lugar e vai ter que se haver com a fila.
Além desta inesperada "meia dúzia" de felizes espetadores de última hora, o Hard Club, que tem, talvez, a melhor acústica de todas as salas do Porto (e tem também um bar acessível, e, mais raro ainda, também permite fumar) vai receber mil pessoas, o máximo permitido pela sua lotação.
Depois do desapontamento com o Primavera Sound Porto (a banda só tocou em Barcelona e não veio à Invicta), esta é a estreia dos Future Islands em Portugal, que, quinta-feira, tocaram no Music Box, em Lisboa, e também esgotaram.
Mas, o que explica esta nervosidade à volta dos Future Islands, um trio de Baltimore, EUA, que faz pop sintético e canta como os neo-românticos de 1980 sobre as inundações do amor e os corolários da solidão? Isso mesmo: a nostalgia por esse ribombante verniz de plástico pop, por esse som líquido e dúctil e elástico dos teclados que aprendemos a conhecer nos New Order, nos OMD e nos Classix Nouveau (e na voz calva de barítono de Sal Solo) e que aqui reconhecemos no corpo de Samuel T. Herring, um cantor ursino, impulsivo e irrestrito. E será sobretudo nele, nesse homem atarracado e de pouco cabelo, que usa t-shirt por dentro de calças plissadas de khaki, e que dança de uma forma seriamente cómica, fletido mas a ameaçar sempre saltar, como uma mola comprimida que perturba, que nos vamos concentrar, porque Samuel T. Herring canta, brame, ruge e urra com uma energia e uma aura física tal que é impossível desviar dele o olhar.
A crer no alinhamento cumprido no concerto de Ljubljana, na Eslovénia, no passado dia 12, esta sexta-feira os Future Islands, que têm quatro discos e trazem o ainda muito fresco "Singles" (edição 4AD), vão tocar estas 17 canções: "Give Us the Wind", "Back in the Tall Grass", "A Dream of You and Me", "Walking Through That Door", "Balance", "Before the Bridge", "Doves", "The Great Fire", "A Song for Our Grandfathers", "Light House", "Seasons (Waiting on You)", "Tin Man", "Long Flight", "Spirit", e, no encore, "Fall from Grace", "Vireo's Eye" e "Little Dream". Os Celebration, banda de soul psicadélico, também de Baltimore, farão a primeira parte do espetáculo.
