
Baboom é um serviço de "streaming" "made in Porto"
Fernando Pereira/Global Imagens
O serviço de "streaming" de música "made in Porto", o Baboom, está online e já acumula mais de 50 mil utilizadores. Marco Oliveira, diretor técnico do projeto, garante que o principal objetivo da ferramenta é "estar do lado dos artistas".
Há um ano dizíamos que o Spotify tinha de estar atento, pois Portugal estava a produzir um concorrente à altura. E, a julgar pelos números obtidos pelo Baboom nos primeiros dias que se seguiram ao lançamento, as previsões foram certeiras.
O serviço de streaming "made in Porto", que contou, inicialmente, com o apoio de Kim DotCom, criador do portal Megaupload, já está ativo e já acumula mais 30 mil visitas diárias. "Já rompemos a barreira dos 50 mil utilizadores, temos cerca de 30 mil visitas diárias e esses números crescem de dia para dia", garantiu, ao JN, Marco Oliveira, diretor técnico do projeto, financiado por uma empresa da Nova Zelândia, mas sediado na Boavista.
À semelhança do que acontece com outros serviços do género, o Baboom oferece subscrições gratuitas (com publicidade) e pagas e, como seria de esperar, são as primeiras as mais procuradas. No entanto, cresce, também, o número de pessoas que, depois de experimentarem, optam por fazer um "upgrade" à sua conta. "Já temos bastantes utilizadores com contas "premium" e alguns artistas já passaram para contas "pro"", assegura.
Mas o enfoque do Baboom não são os números. "Não somos uma plataforma para o mercado em massa", garante Marco Oliveira. Por isso, os nomes mais sonantes do serviço não rodam com tanta frequência nas rádios mais "comerciais", mas já atestam o caráter "indie" do projeto: Emmy Curl, Roger Pléxico e Substract são alguns desses casos. "Vamos ter muito a dizer nos próximos meses. Vamos anunciar grandes nomes de artistas independentes nos próximos tempos".
Portugal figura entre os países que mais visitam o Baboom, mas não é o único: o serviço de streaming tem utilizadores, sobretudo, de Espanha, Brasil, Alemanha e França.
De resto, é por Portugal que o projeto se desenvolve e assim deve continuar a ser no futuro. "Portugal há-de ser sempre o país piloto para as nossas iniciativas, sempre com o Porto com sede", diz. "O Porto é e vai continuar a ser o nosso enfoque. No último ano dobramos a equipa e, hoje, já somos 25 pessoas a trabalhar por cá", admite.
