Luiz Felipe Scolari deu uma entrevista à RTP na qual avançou com uma explicação inesperada para o facto de ter deixado Vítor Baía de fora das convocatórias que efetuou quando assumiu o cargo de selecionador de Portugal.
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"Quando cheguei, fui assistir a um Belenenses-F. C. Porto no Restelo e o guarda-redes do F. C. Porto foi o Nuno. Disseram-me que Baía já não estava nos planos do clube, que não jogaria mais, pois estava em conflito com o treinador e com a direção. Foi o presidente do F. C. Porto que me disse isto. A partir daí, passei a olhar com outros olhos para o Vítor Baía", referiu Scolari, acrescentando: "Depois, fiz as mesmas perguntas às pessoas que trabalhavam na seleção. Ouvi histórias sobre o balneário, sobre liderança, e decidi que não iria voltar a convocá-lo".
Os factos não batem certo com estas declarações, já que a contratação de "Felipão" foi anunciada pela FPF a 28 de novembro de 2002, numa altura em que o guarda-redes era titular do F. C. Porto, depois de ultrapassado um período em que esteve afastado da equipa (perdeu o lugar para Nuno num jogo com o Boavista, a 2 de setembro, e recuperou-o numa partida da Taça UEFA com o Áustria de Viena, a 31 de outubro, para não mais o perder, a não ser por lesões ou castigos, até 2006). O Belenenses-F. C. Porto dessa época realizou-se a 19 de janeiro de 2003, com Baía na baliza dos dragões.
Carvalho é uma "nhaca"
O técnico comentou ainda a polémica relacionada com Ricardo Carvalho, dizendo que começou a rir quando soube da situação: "É mesmo coisa do Ricardo... De vez em quando dá-lhe uma raiva e ele toma uma atitude que ninguém imagina. Depois arrepende-se. Nos treinos, ele é como uma preguiça, uma nhaca, como se diz no Brasil. Nos jogos, é um leão".