Jorge Jesus afirma que espera para a nova época a "mesma pressão para ganhar" com que se tem confrontado nos últimos quatro anos no Benfica e reforça a confiança de estar mais próximo "da hegemonia do futebol português".
Em entrevista à Benfica TV, conduzida pelo vice-presidente José Eduardo Moniz, responsável principal pelo canal, o treinador assumiu a ambição chegar mais longe: "No Benfica há sempre a pressão de ganhar, estou habituado a isso e preparado para que este ano continue a ser a mesma coisa".
Para o curto prazo, o objetivo é "voltar a ser campeão", passar a primeira fase da Liga dos Campeões, "que é muito importante", e a outro nível "chegar a todas as finais e ganhá-las".
"O meu conhecimento e sensibilidade dizem-me que o Benfica está próximo de ter a hegemonia do futebol português", disse Jesus, que classificou a equipa de "temível a nível nacional" e como tendo, mesmo sem títulos, "recuperado prestígio a nível internacional".
Jesus destacou a subida de 23.º para oitavo do "ranking" da UEFA e a entrada no pote 1 para o sorteio da Liga dos Campeões, como exemplo dessa "recuperação de prestígio", fruto de "resultados significativos ao longo dos quatro anos".
"O êxito tem dois caminhos, resultados e títulos. Ao longo destes quatro anos, o Benfica deve contabilizar os resultados e não apenas títulos. Ainda não conseguimos os títulos que ambicionávamos, mas temos conseguido resultados significativos", disse.
Para 2013/2014, quer "o mesmo nível exibicional da temporada anterior": "Estivemos em todas as frentes até quase ao fim, o que deixou a sensação de que podíamos ter ganho tudo e ficámos sem nada, mas só perde quem lá chega. Acabou por ser uma época de desilusão, quando esteve perto de ser histórica".
Jorge Jesus voltou a reafirmar que "não passou pela sua cabeça" mudar de clube e que "acredita no projeto do Benfica, propondo-se mais uma vez, também, "valorizar jogadores que estão em formação, para potencializar e gerar mais-valias financeiras".
Relativamente ao plantel atual, admitiu a saída provável de Matic - "gostava que não saísse, mas sei que isso é quase impossível, face à procura" - e de Oscar Cardozo, depois dos incidentes no final da Taça, que "não têm justificação". "A questão de Cardozo, que é um ativo que o Benfica valorizou, é disciplinar e é o presidente (Luis Filipe Vieira) que lhe vai dar resposta", afirmou.
