
Bruno de Carvalho
Henriques da Cunha / Global Imagens
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, lançou duras críticas ao futebolista internacional peruano Carrillo, dizendo que se não fossem os "leões" o extremo jogaria na rua.
"Se não tivesse existido o Sporting na sua vida possivelmente nem jogaria futebol, estaria a jogar numa rua qualquer do Peru e talvez ninguém o conhecesse", considerou Bruno de Carvalho em entrevista à agência espanhola EFE.
Bruno de Carvalho apontou "baterias" ao jogador que não chegou a acordo para renovar com o Sporting e se encontra afastado, sem jogar, desde 13 de setembro, dizendo que o futebolista é "um mal-agradecido".
"Trabalhamos com Carrillo há quatro anos, fizemo-lo crescer, educámo-lo, vestimo-lo, alimentámo-lo... Agora tem um nome, mas quando chegou - em 2011, do Allianza Lima, com 19 anos - era um miúdo", lembrou o dirigente.
O presidente dos "leões" considerou que o extremo era um jogador "inconsistente" quando chegou a Lisboa e apenas melhorou com os minutos que lhe foram dados na equipa, admitindo que o jogador o dececionou, por romper com a palavra.
Para Bruno de Carvalho, à deceção pessoal junta-se "uma estratégia claríssima e pensada para não renovar com o objetivo de prejudicar a entidade patronal.
O jogador enfrenta um processo disciplinar e não treina com a equipa, continuando em aberto a possibilidade de sair do Sporting no final da época a custo zero, o que Bruno de Carvalho pensa que irá acontecer, não prevendo mudança no atual cenário.
Uma situação que levou, na entrevista, o dirigente a deixar um alerta aos clubes interessados. "As regras dizem que os clubes que queiram negociar um jogador que esteja livre têm em primeiro que avisar o seu clube, é só enviar uma carta (...). Muitos jornalistas espanhóis perguntam-me pelo interesse do Sevilha e é estranho, ou perdeu-se a carta ou não sei o que se passa", ironizou Bruno de Carvalho.
O responsável deixou em aberto a possibilidade de pedir uma indemnização, o que poderá fazer com que o negócio com outros clubes não compense. "Os clubes devem pensar um pouco quando há litígios entre um jogador e a sua equipa, que por vezes afetam o clube seguinte [do jogador]", sublinhou.
Carrilo, que foi um dos principais jogadores na última época, com 46 jogos, 32 dos quais no campeonato, não realizou esta temporada mais de quatro encontros, o último a 13 de setembro, num triunfo fora frente ao Rio Ave (2-1).
