<p>A PSP dispersou adeptos dos Sporting a tiro. A Polícia foi apedrejada por apaniguados leoninos e reagiu com tiros para o ar, quando alguns adeptos tentavam invadir o átrio VIP.</p>
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No final, existiram tumultos em Alvalade. Algumas centenas de adeptos tentaram invadir o hall VIP do estádio, a PSP respondeu e foram atiradas pedras contra as autoridades. Que responderam com tiros de balas de borracha.
O ambiente ficou escaldante no final do jogo, com a ira dos sportinguistas. Algumas dezenas de adeptos tentaram invadir o hall VIP do estádio, numa altura em que saíam alguns jogadores do Marítimo. De imediato, a PSP fechou todas as portas do anfiteatro e a ira dos adeptos virou-se contra as autoridades policiais. Jogadores, dirigentes e jornalistas ficaram trancados.
"Foram disparados tiros de balas de borracha para o ar, na sequência de pedras e barreiras arremessadas contra a Polícia. Eram cerca de 200 a 300 adeptos nas imediações do estádio", contou o sub-intendente Costa Ramos. A PSP não confirmou uma alegada agressão a um jogador do Marítimo, mas admitiu que alguns sportinguistas chegaram ao piso -1 de Alvalade, uma zona com acesso a outro piso inferior, onde estão as viaturas dos jogadores. Mas aqui não se registaram problemas.
Os futebolistas saíram por volta das 23.25 horas, vigiados pelas autoridades. Segundo o sub-intendente Costa Ramos, foram destacados "cerca de 200 elementos", entre os quais "cinco equipas de Intervenção Regular", para a envolvente de Alvalade.
Assim que Cosme Machado apitou para o final, os adeptos assobiaram a equipa e foram mostradas tarjas com a palavra "Rua". Os jogadores ficaram no relvado - João Moutinho estava desolado -, agradeceram ao público, quando já se viam lenços brancos.
Os tumultos no final contrastaram com a tão propalada manifestação antes do Sporting-Marítimo. Ao todo, eram cerca de 40 sportinguistas, mas os gritos mal foram ouvidos pela equipa.
Repleto de jovens que não queriam mostrar a cara (nada de fotografias, nem de câmaras de televisão), repetiram-se, em cânticos, as palavras de ordem contra Paulo Bento, Miguel Ribeiro Telles e Pedro Barbosa, enquanto se seguravam duas faixas: "Minoria... absoluta" e "Vassourada".
A Polícia seguiu atenta todos os movimentos do grupo, mas não houve momentos de tensão. Nem quando três elementos da Juventude Leonina - a claque não estava de acordo com a realização da "manif" -, passaram por perto. Ou quando foram pedidos os documentos de identificação a um indivíduo. A maioria dos adeptos dizia não entender a realização do encontro hostil.