A Grécia vai anunciar medidas de austeridade suplementares no valor de seis mil milhões de euros para cumprir o objectivo de atingir um défice de 7,4% do PIB em 2011, segundo o ministro das Finanças grego.
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Georges Papaconstatinou declarou que as medidas passam por aumentar as receitas e diminuir as despesas e apelou ao apoio da oposição.
"Convidamos o principal partido da oposição (a Nova Democracia) a discutir o enquadramento e plano de acção necessários para conseguir as grandes mudanças necessárias", declarou o ministro num colóquio sobre Finanças que decorre perto de Atenas.
Além das reformas relativas à função pública e à máquina fiscal, para garantir mais receitas, a Grécia deve também reorganizar a justiça e o sistema de saúde, o que significa que o programa poderá estender-se para lá do mandato do actual primeiro-ministro, Georges Papandreou.
"Os cidadãos gregos apreciariam uma grande aliança dos partidos políticos em torno dos próximos desenvolvimentos", disse Georges Papaconstatinou.
Entre as medidas de longo prazo destacou a não substituição de funcionários públicos que se reformem. Até agora, um em cada cinco funcionários que saíam era substituídos. O ministro grego prevê uma redução de 150 mil funcionários nos próximos anos.
Tal como aconteceu com o acordo para Portugal, o FMI e a União Europeia encorajaram os partidos gregos a unirem-se em torno das reformas, mas as respostas da Nova Democracia têm sido essencialmente negativas.