A Caixa Geral de Depósitos revelou esta quarta-feira que já solicitou ao Banco de Portugal a concessão de uma garantia estatal para um financiamento até 1,8 mil milhões de euros, com maturidade máxima de três anos.
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"A Caixa Geral de Depósitos (CGD) informa que solicitou ao Banco de Portugal a concessão de uma garantia do Estado Português para um financiamento através da emissão de obrigações não subordinadas, até ao montante de 1.800 milhões de euros, com maturidade máxima de 3 anos", lê-se no comunicado enviado pelo banco à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O presidente da CGD, Faria de Oliveira, tinha avançado na terça-feira que o banco público estava a preparar uma operação de financiamento com recurso à garantia estatal, naquela que será a segunda vez que a CGD recorre a esta linha de apoio à banca criada no auge da crise financeira de 2008.
Esta quarta-feira, no comunicado, a CGD informou que a emissão destas obrigações "se destina a colocação privada no mercado institucional doméstico".
De resto, o banco estatal comunicou que, no âmbito do acordo celebrado entre o Governo e a 'troika' internacional, está a preparar o seu plano de financiamento a médio prazo, mas que o mesmo "não está finalizado nem aprovado pelo seu conselho de administração".
Quanto à matéria que ficou definida no mesmo documento sobre a necessidade de a CGD elevar a sua base de capital para os novos níveis exigidos através de meios próprios, com recurso a um programa mais célere para a venda da atividade seguradora do grupo, um programa de venda gradual dos activos 'non-core' (não estratégicos) e, caso se afigure necessário, a redução da actividade no exterior, o banco estatal referiu que "não estão definidos os activos 'non-core' que poderão vir a ser alienados, nomeadamente, participações em sociedades cotadas, nem foi tomada qualquer decisão sobre esta matéria".