As Nações Unidas recebem até 10 de Setembro ofertas de candidatos portugueses até 32 anos, num concurso internacional de preenchimento de vagas nos departamentos de comunicação, administração e outros.
Tal como países lusófonos como o Brasil ou Angola, Portugal é um dos países incluídos este ano no "Programa de Jovens Profissionais" da ONU, para preenchimento de até 150 posições na organização internacional, segundo disse à Lusa Lynne Goldberg, do departamento de Recursos Humanos da ONU.
"Vai haver oportunidades nos Departamentos ou gabinetes para pessoas que têm habilitações de jornalismo e cursos de relações públicas, administração empresarial, estatística e e assuntos humanitários, ou relacionados", adiantou Goldberg em declarações em Nova Iorque.
Entre os departamentos que procuram preencher vagas estão os de Informação Pública, Gestão e Assuntos Económicos e Sociais.
A organização recebe até 10 de Setembro, através do site careers.un.org, candidaturas para um exame que, para os pré-seleccionados, terá lugar a 7 de Dezembro.
"Os cidadãos portugueses que sejam convocados para o exame não precisam de estar em Portugal, podem fazê-lo em qualquer em qualquer cidade em que a ONU tenha um centro oficial de exames, por exemplo em Nova Iorque, Genebra ou Londres. Mas é muito provável que venha a haver um centro de exames em Lisboa", diz Goldberg.
Os escolhidos irão preencher vagas de nível profissional no Secretariado da ONU em todo o mundo, entre 125 e 150 ao todo.
Segundo Goldberg, a ONU tem actualmente nove portugueses em posições de nível profissional (P2), do género agora aberto a concurso.
A estes juntam-se outros 100 do "staff" geral e 338 polícias e militares portugueses ao serviço de missões da organização.
O número de posições P2, num total de 3.300 existentes na organização, é significativamente menos das 12 a 21 que o país tem direito, tendo em conta a sua contribuição para o orçamento da ONU, população e PIB.
A inclusão de Portugal no concurso, pela primeira vez desde 2006, deve-se ao facto de o país não estar a preencher esses lugares.
Contudo, não há quotas para preenchimento das vagas: serão colocados aqueles com melhores notas, e o nome dos examinados não será facultado aos examinadores, apenas um número.
"Desta maneira, apenas escolhemos os melhores candidatos", afirma Lynne Goldberg.
Além de Portugal, o concurso deste ano é aberto também a candidatos de Angola, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique.
Os candidatos devem ter habilitação universitária, 32 anos completados este ano ou menos, falar fluentemente inglês e/ou francês, além de serem cidadãos de um dos países seleccionados para o concurso.
O exame testa conhecimentos gerais, pensamento analítico, capacidade de planeamento, além de cultura sobre assuntos internacionais.
