Cerca de 30 produtores de vinho participaram, esta quinta-feira, numa marcha lenta entre Poceirão e Palmela. A marcha serviu para exigir do Governo medidas de emergência que minimizem os prejuízos resultantes de uma quebra na produção de vinho estimada em 80%.
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"Esta marcha de protesto visa sensibilizar a câmara de Palmela e o Governo para nos ajudar a fazer face aos prejuízos resultantes da quebra de produção, que, em alguns casos, pode pôr em causa a continuidade das explorações agrícolas", disse o presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, Joaquim Caçoete.
O míldio e o tempo, este ano, não ajudaram na produção de vinho. O calor excessivo do mês de Junho e as chuvas de Maio causaram muito prejuízo aos produtores. Joaquim Caçoete afirmou que Governo já transmitiu aos agricultores que existe uma linha de crédito disponível, com cerca de 50 milhões de euros, mas os agricultores defendem a necessidade de apoios financeiros a fundo perdido ou a longo prazo.
"Penso que mais de 80% da produção está perdida e nem sei se valerá a pena fazer a vindima", referiu José Augusto Silva, produtor de vinho, que prevê um prejuízo na ordem dos 80 mil euros.
A marcha lenta teve pouca participação, mas o dirigente da associação de agricultores alegou que alguns estão a fazer a vindima mas que todos estão solidários com as reivindicações que estão a apresentar junto do Governo.
Os agricultores de Palmela desfilam em marcha lenta desde o Poceirão até à Câmara Municipal de Palmela, onde esperam ser recebidos pela presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente.