A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário explica, esta segunda-feira, ao primeiro-ministro que o sector pode paralisar em Março por falta de trabalho, colocando em risco 140 mil empregos.
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A audiência com Passos Coelho, marcada para as 11 horas, surge numa altura em que o sector da construção e do imobiliário completou o décimo ano de crise, segundo a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).
Segundo o presidente da confederação, Reis Campos, a crise do sector "pode atingir proporções insustentáveis" e afirmando que estão "140 mil postos de trabalho em risco".
O presidente da CPCI alertou para o facto de o sector poder parar a partir de Março por falta de trabalho.
"As empresas têm encomendas até Março, depois disso não há trabalho", disse, acrescentando que "não existe obra pública, obra particular, a habitação está estagnada" e a legislação da reabilitação e do arrendamento só começará a produzir efeitos em Setembro.
Reis Campos acrescentou que "houve Parcerias Público-Privadas (PPP) que ficaram de ser estudadas e obras públicas que ficaram por ser analisadas".
O presidente da CPCI sublinhou ainda o facto de "as empresas estarem actualmente quase na dependência total de uma banca que não ajuda".
Segundo dados da confederação, desde 2007, já desapareceram 6.363 empresas de construção e, desde 2002 e até ao final do terceiro trimestre de 2011, o sector perdeu 245 mil empregos.