A UGT confirmou, esta quinta-feira, que não vai aderir à paralisação convocada pela CGTP, mas ressalvou que não exclui, no futuro, outra greve geral.
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"Poderá haver outra greve geral. Esperemos algum tempo", afirmou o secretário-geral da UGT, João Proença, numa conferência de imprensa sobre as novas medidas de austeridade.
Sobre a participação da UGT na paralisação de 14 de novembro, João Proença disse que rejeita "ações divisionistas e sectárias como as que levaram a CGTP a, sem qualquer diálogo, convocar uma greve geral".
"Esta greve geral é contra o governo, mas também contra a UGT", afirmou João Proença, adiantando nenhum sindicato da UGT aderiu à última greve geral declarada pela CGTP e que "espera" que nenhum sindicato alinhe com a greve de 14 de novembro.
A UGT anunciou hoje que decidiu realizar uma manifestação de dirigentes e ativistas sindicais no próximo dia 26 de outubro.
Sobre o aumento da carga fiscal anunciada quarta-feira pelo ministro das Finanças, João Proença disse tratar-se de uma "brutal austeridade" anunciada de uma maneira "totalmente anormal" porque as medidas anunciadas "nada" têm a ver com a TSU, mas apenas com o combate ao défice orçamental.
"Estimamos que o desemprego chegue aos 17 por cento no final deste ano", afirmou João Proença, classificando como fundamental voltar a discutir os objetivos da redução do défice e aliviar o "brutal" aumento do IRS.
A UGT defende que deve ser pago ao longo do ano os 13 e 14 meses remanescentes dos pensionistas e dos funcionários públicos, de modo a não haver redução da pensão e do salário líquidos.